Pela segunda vez, o último julgamento de um dos homicídios mais emblemáticos registrados em Santa Cruz do Sul foi cancelado. Marcada pela 1ª Vara Criminal para o dia 31 de agosto, a sessão do Tribunal do Júri, que analisaria a conduta dos dois réus restantes do chamado Caso Motocross, foi adiada a pedido de uma das defesas. Renato Andrade Ferreira, de 35 anos, e Gabriel Nascimento da Luz, de 54, respondem pelo assassinato de Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos.
O crime aconteceu na noite de 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, no Bairro Arroio Grande. A advogada Tatiana Borsa, que defende Renato Andrade Ferreira, suposto mandante do crime, pediu o adiamento da sessão do Tribunal do Júri em virtude de um audiência, que também será realizada em Santa Cruz, na mesma data.
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A criminalista, que ficou conhecida por defender um dos réus no Caso Kiss, defende também um santa-cruzense de 31 anos, acusado de tráfico, associação para o tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo, em um processo que tramita na 2ª Vara Criminal de Santa Cruz do Sul. A audiência desse caso foi confirmada em 7 de março deste ano, enquanto o júri foi marcado quase dois meses depois, em 5 de maio.
Esta não foi a primeira vez que a sessão para os dois réus foi cancelada. Um julgamento havia sido marcado para 13 de abril do ano passado. No entanto, faltando dois dias para a sessão, Gabriel Nascimento da Luz, que seria representado pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior, decidiu constituir advogado e nomeou Diego da Silveira Cabral, de Porto Alegre. O novo defensor pediu o adiamento face à complexidade do processo, o que foi aceito pela Justiça.
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Tiago Aliandro Kohlrausch, que era mecânico concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, morreu com quatro disparos de pistola calibre 380, efetuados por matadores de aluguel, na garagem da casa dele. Renato e a companheira dele na época, Patrícia D’Ávila da Luz, hoje com 23 anos, foram indiciados pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima).
Patrícia é mãe do único filho de Tiago, que tinha 1 ano e 5 meses na época – hoje a criança está com 5 anos. Conforme as conclusões do delegado Alessander Zucuni Garcia, em um inquérito de 350 páginas, a mulher e o padrasto da criança planejaram e coordenaram o assassinato do funcionário público. O objetivo seria afastar o pai biológico do filho.
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Gabriel Nascimento da Luz, tio de Patrícia e morador de Santa Cruz, seria o dono do veículo usado pelos matadores contratados que foram à casa da vítima. Este responde por homicídio duplamente qualificado. No primeiro júri do caso, em 15 de setembro de 2021, Patrícia acabou condenada a 16 anos de prisão – pena que em 6 de maio foi revertida para 13 anos e nove meses pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, atendendo apelo da defesa da ré.
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