Categories: Vinícius Moraes

Última coluna

Gostaria de agradecer às incontáveis manifestações de apoio aos últimos artigos aqui publicados. Nem tanto pela quantidade, mas principalmente pela qualidade das pessoas que as fazem. Me honra ser valorizado por pessoas tão competentes, inteligentes e produtivas. Claro que há ofensas e agressões também. Mas quando vejo quem as faz, percebo que estou no caminho certo. Carentes, frustrados, dependentes, ressentidos, sem relevância em suas próprias áreas de conhecimento (quando as têm), só lhes resta agredir e desqualificar algo que transcende suas (in)capacidades de entendimento em suas bolhas medíocres de cultura estéril.

Que ano bizarro. Uma doença viral pandêmica altamente contagiante, que com outras pandemias (obesidade, hipertensão, diabetes e câncer) gerou uma sindemia. De forma trágica, milhares morreram. Muitos de Covid, muitos mais com Covid. Talvez nunca saberemos ao certo, pois em torno de 85% das pessoas que morreram tinham doenças associadas, muitas com gravidade.

Por efeito manada, os Executivos Estadual e Municipal, respaldados pelo STF, resolveram tratar pessoas saudáveis como ameaça, fechar escolas, comércio/serviços, retirar das pessoas o direito de ir e vir, impedir o exercício de suas profissões e sustento, tolher o direito de decidir sobre sua própria saúde, tudo em nome da vida. Porém, não percebem que essas medidas espúrias favorecem o desemprego, a fome, a piora dos cuidados em saúde de outras doenças, a ignorância, abusos sexuais/físicos e violência doméstica pelas escolas fechadas, a depressão e o suicídio.

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Essas mesmas pessoas e seus séquitos exigem seletivamente um alto nível de evidência para qualquer alternativa que busque reestabelecer a retomada de atividades humanas presenciais, mas não as têm para suas decisões estapafúrdias que justamente prejudicam os mais vulneráveis. Na sua grande maioria estão em suas casas confortáveis, com sustento garantido, internet e seus gadgets. Que se danem os pobres, eles querem é salvar vidas.

Pensadores lineares não conseguem atacar um problema complexo com múltiplas abordagens, que incluem prevenção, profilaxia, tratamento precoce, suporte hospitalar e vacinação. Só pensam em trancar tudo até chegar a vacina, ainda sem a efetividade avaliada. Refutam a ideia de tratamento precoce, apesar de constar desde agosto nas orientações oficiais do Ministério da Saúde. Mas são os mesmos que, no alto de sua hipocrisia, tomam de tudo quando preteia o olho da gateada. Minha esperança é que a troca da gestão municipal traga luz e razão às decisões tomadas.

Ah, não se assustem. É somente a última coluna do ano. Espero voltar das férias mais revigorado (e menos colérico) em 2021. Deste ano, ficam a alegria e o orgulho de poder ter trabalhado todos os dias, atendendo mais de 1.300 consultas presenciais e 500 horas de aula. Aproveitem o convívio da família. Não se isolem. Utilizem as tecnologias sanitárias disponíveis e nunca deixem de viver. Desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo próspero, com muita saúde e felicidades. Espero que tenhamos escolas abertas, comércio pujante e a retomada da insubstituível vida presencial.

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