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Tecnologia

Turma precisa de ajuda da comunidade santa-cruzense para participar de desafio

Foto: Lula Helfer

Criadores e a “criatura”: Orion repousa diante da turma de robótica, que prepara novidades para a apresentação em São Leopoldo

Superando a falta de recursos e mesmo sem espaço apropriado e professor dedicado exclusivamente para construir robôs, uma turma de alunos da Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, de Santa Cruz do Sul, entrou para o mundo da robótica.

O Órion, protótipo criado no ano passado, está prestes a ingressar em um novo desafio – que por enquanto precisa ser mantido em sigilo. Oito pares de olhos zelam por ele e formam a equipe Galácticos Santa Cruz do Sul. Eles têm como sonho trazer para o município o título estadual do desafio da Lego, o Force Lego League (FLL). A disputa ocorre em São Leopoldo, na primeira quinzena de dezembro.

Enquanto sonha com o reconhecimento, o grupo de alunos – com estudantes do 8º ano do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio – luta para tirar do papel soluções para cidades sustentáveis. Este é o tema do desafio da Lego deste ano.

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Porém, o teste aos estudantes começa muito antes. É preciso dinheiro para participar. “Temos que comprar peças e confeccionar o novo tapete para o Órion. Isso tudo custa caro”, conta a diretora do Ernesto Alves, Janaína Venzon. Para que os alunos participassem do desafio FLL, foi criada uma força-tarefa pró-robótica na escola, a partir de uma ação entre amigos e de um esforço do Círculo de Pais e Mestres (CPM).

A professora de matemática, Taciele Inês Martin, tornou-se voluntária na iniciativa. “Tudo parte de um projeto de pesquisa, no qual ser criativo é fundamental”, conta Taciele, tutora da turma. Mais do que equações matemáticas ou fórmulas de letras e números, a turma aprende sobre união, empreendedorismo e como fazer um planeta melhor, a partir das ações individuais.

“Esta aqui é uma reunião de pessoas que gostam de desafios, mas que hoje é como uma família”, diz Anna Gabriella Maieski dos Santos. “Nós buscamos a solução para problemas da sociedade, isso é robótica”, define a aluna Bruna Weis.

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Neste ano, a Galácticos Santa Cruz do Sul tem como tema os desafios impostos às cidades. Sem poder revelar ainda o projeto, que será apresentado em São Leopoldo nos dias 13 e 14 de dezembro, o grupo acerta os últimos detalhes. Tem até estagiário no Laboratório de Robótica.

Daniel da Silva Lau não é da turma que coloca a mão na massa, ou no Lego, mas ajuda em tudo. “As regras de uso do laboratório fui eu que imprimi. Quando falta alguma coisa, a gente ajuda os colegas.” Além dele, da professora Taciele e da diretora Janaína, o grupo de robótica conta ainda com a ajuda de uma funcionária da escola, Daiani Gehrke Schroeder.

“O desafio quer que a gente sonhe, que a gente crie, invente algo realmente novo, por mais diferente que isso seja”, define Amanda Beatriz Bauer. Para isso, eles contam com a motivação um do outro, que torna-se o combustível propulsor das ideias do grupo. “É preciso melhorar o que já se tem, aprimorar alguma coisa que existe e pode ser transformada”, ensina Thayla Regina Vogt.

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Na busca de um padrinho

Trabalhar com robótica custa caro. As peças de reposição da Lego têm um valor alto, e para cada novo ano precisam ser compradas. A Galácticos Santa Cruz do Sul carece também de um notebook. O computador para usar nos desafios hoje é emprestado.

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Eles até comercializam chaveiros, canetas e lápis personalizados. Os produtos ajudam a engordar o caixa para a viagem até São Leopoldo, a hospedagem, os gastos comuns com alimentação e com a própria participação no evento, que é estadual.

“Acreditamos que, em meio a tantas empresas grandes que existem em Santa Cruz, alguma poderia apadrinhar nossos alunos”, comenta a diretora Janaína. Quem quiser ser padrinho da robótica e ajudar a alimentar os sonhos dos oito alunos do grupo pode entrar em contato com a direção da Ernesto Alves, pelo telefone 3711 3845 ou pelo e-mail [email protected].

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