Túnel Verde em Santa Cruz tem reconhecido valor histórico e cultural
Um dos pontos que costuma atrair a atenção dos visitantes, e serve de orgulho aos santa-cruzenses, é a beleza da Rua Marechal Floriano, sobretudo entre a Pinheiro Machado e a Borges de Medeiros. Nesse trecho, de cerca de 780 metros em dez quadras, são contabilizadas 180 tipuanas. Frondosas, as árvores ocupam o espaço e formam o Túnel Verde.
A estrutura tem reconhecido valor histórico e cultural, tendo transformado-se em um ponto característico, e exigido atenção especial por parte do poder público. Recentemente, a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), Daiane Gaiger, apresentou as ações do Programa de Preservação e Monitoramento do Túnel Verde da Rua Marechal Floriano.
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Em evento público, na Câmara de Vereadores, destacou que há serviço de rotina, com poda programada, de segurança, de condução e de limpeza. Tudo deve ser feito de forma individualizada, pois cada tipuana possui seu prontuário fitossanitário para acompanhamento, como são os indivíduos, em relação à saúde.
A manutenção é feita com o uso de tecnologia, verificando a condição de sanidade de cada planta. Em relação à idade das árvores, cita que elas têm aproximadamente 70 anos, o que seria meia idade, ou seja, não são exemplares antigos. Mesmo assim, há a necessidade de monitoramento, sobretudo pelas questões de conflito entre as tipuanas e edificações existentes na via. Conforme Daiane, essas ações estão inseridas dentro de uma rotina de monitoramento contínuo.
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Essa prática de atenção redobrada auxilia, mas não impede incidentes, como o que resultou na queda de uma árvore na frente do Palacinho. “Não existe risco zero de incidentes com as árvores”, diz.
O programa aborda questões como a substituição, que deve ser feita por espécie nativa, com flores, porte médio e posicionamento de folhas para fechamento de túnel. O titular da Semass, Jaques Eisenberger, reforçou o compromisso da gestão Helena Hermany com a preservação das tipuanas e o aumento da arborização da principal rua do Centro da cidade. “A prefeita afirmou que o Túnel Verde não será apenas mantido, ele será ampliado”, anunciou.
Eisenberger adianta que, por determinação da prefeita, o plantio de árvores no Túnel Verde será complementado até o Monumento do Imigrante. O primeiro plantio deverá acontecer nesta quarta-feira, dentro da programação alusiva ao Dia da Árvore.
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Em 2005, moradores e admiradores da Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, se uniram para impedir a construção de um estacionamento. O projeto previa a remoção de algumas árvores, além da colocação de asfalto no lugar dos tradicionais paralelepípedos, que permitem que o solo sugue e armazene a água da chuva, ajudando na irrigação das árvores. Os moradores se mobilizaram e conseguiram que a via fosse decretada Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental pelo município em 2006. Assim, tornou-se o primeiro túnel verde oficial do município.
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Com as publicações na internet, textos e fotos da rua se espalharam pelo mundo e, em 2008, o blog catalão “Amics Arbres” (Amigos das Árvores) escreveu sobre o local. Pouco depois, um biólogo português encontrou esse material e em seu blog “A sombra verde” divulgou a Gonçalo com o apelido de “a rua mais bonita do mundo”. A via se tornou ponto turístico da cidade.
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Na rua, há duas placas: uma de denominação da via e a que identifica a arborização local. Encontram-se os seguintes espécimes arbóreos, identificados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente: tipa, chuva de ouro, cerejeira do mato, jacarandá, chal chal, pitangueira, paineira, ligustro e uva do japão. A Gonçalo também conta com um grupo de cuidadores permanentes.
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