Cabines ou túneis de desinfecção foram instaladas em diversas cidades brasileiras, desde o início da pandemia da covid-19. As pessoas passam pelas estruturas e são pulverizadas com produtos desinfetantes, com o propósito de higienizá-las e evitar a disseminação do novo coronavírus.
No entanto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS) veio a público alertar que esta prática ainda não é recomendada para a população em geral e, mesmo em serviços de saúde, deve ser utilizada com restrições.
LEIA TAMBÉM: Triagem nas paradas de ônibus testa a temperatura de 857 pessoas
Publicidade
O CREA destaca informações de duas notas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):
Para uso geral
- Não foram encontradas evidências científicas de que o uso dessas estruturas para desinfecção sejam eficazes no combate ao SARS-CoV-2, podendo, diante de novos estudos, ser modificado este posicionamento, a qualquer momento;
- A Anvisa somente recomenda a utilização de saneantes sobre superfícies inanimadas, de modo que a borrifação sobre seres humanos dá uso diverso àquele que foi originalmente aprovado;
- A borrifação de saneantes sobre seres humanos tem potencial para causar lesões dérmicas, respiratórias, oculares e alérgicas, podendo o responsável da ação responder penal, civil e administrativamente.
Para uso em serviços de saúde
Publicidade
- É possível o uso de saneantes, desde que a eficácia seja testada e que os profissionais de saúde utilizem equipamentos de segurança individuais (máscaras, capotes ou capas, botas, entre outros) que impeçam o contato do produto químico desinfetante com a pele, olhos e mucosas.
De acordo com a OMS, o uso de máscara, higiene correta, especialmente das mãos, com água e sabão ou álcool gel e distanciamento social são as formas de reduzir a contaminação pelo coronavírus.
LEIA MAIS: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA SOBRE O CORONAVÍRUS
Publicidade