As causas mais frequentes para a mortalidade de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) de Campinas entre 2010 e 2014 foram os tumores, as doenças cardiovasculares, as causas externas e as infecto parasitárias, que juntos foram responsáveis por 68,3% do total de óbitos.
Os tumores corresponderam a 24,6% dos óbitos de mulheres em idade fértil. As doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 18,5% dos casos, as causas externas (acidentes e violência) foram 17,2% e as doenças infecto parasitárias, 8%.
Os dados foram apresentados no 53º Boletim de Mortalidade (http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/boletim_53.pdf) divulgado pelo Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde (CCAS) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade de Campinas (Unicamp).
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Já as mortes maternas relacionadas à gravidez, parto e puerpério corresponderam a 2,2% dos óbitos registrados. De acordo com a pesquisa, que analisa dados dos últimos 20 anos, o número de mortes obstétricas diretas aumentou de 19 para 31, de 2000 a 2014, e as indiretas passaram de 19 a 11, no mesmo período.
“Em Campinas, são investigados todos os óbitos de mulheres em idade fértil, independentemente da causa do óbito. A investigação é realizada por meio da revisão de prontuários ambulatoriais e hospitalares, entrevistas com familiares e checagem no Serviço de Verificação de Óbitos”, explicou a professora de Epidemiologia do Departamento de Saúde Coletiva da FCM e coordenadora do CCAS, Marilisa Berti de Barros.
De acordo com a pesquisa, a queda do risco de morte das mulheres em idade fértil foi de 33,4% entre 1995 e 2004, e de 8,3% entre 2005 e 2014. Apenas as mortes relativas aos acidentes de trânsito e pneumonia apresentaram aumento entre 2000 e 2014. Segundo a pesquisa, entre as mulheres mais jovens, as causas externas, ou seja, em consequência de acidentes e de violência, constituem os óbitos mais frequentes.
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Mortes maternas
Segundo a Unicamp, a cidade de Campinas realiza a investigação dos óbitos maternos desde 1998 e em 2001 criou o Comitê Municipal de Vigilância do Óbito Materno e Infantil (CMVOMI). A partir de 2006, o comitê passou a agregar profissionais das equipes de vigilância dos Distritos e representantes dos hospitais universitários e maternidades de Campinas.
De 2000 a 2014, o Comitê identificou 80 mortes maternas, mas em 22 delas esta causa não constava na declaração de óbito. As principais causas de morte materna em Campinas foram a hipertensão, as hemorragias e as doenças prévias que tiveram complicação durante a gestação e parto.
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Em relação ao percentual de mães adolescentes, a pesquisa mostra que houve redução de 33,1% entre 2000 e 2010, mas que houve aumento de 6,9% entre 2010 a 2014. A pesquisa apontou também o aumento do número de consultas no pré-natal e que o número de gestantes que tiveram seis ou menos consultas diminuiu. Em termos de pré-natal, a pesquisa apontou que o número de consultas aumentou no período estudado.
Em relação ao nascimento de bebês prematuros, o período mais recente indica percentual maior: entre 2000 e 2004 a média foi 7,7% de crianças prematuras, e no período de 2010 a 2014 a média foi de 12,8% de crianças prematuras.
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