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Tuíte engana ao afirmar que vacina usa células de fetos abortados

Uma postagem que viralizou no Twitter na última semana engana os leitores ao insinuar que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford é produzida a partir de células de bebês abortados. A verificação foi feita pelo SBT, Nexo e A Gazeta, por meio do Projeto Comprova.

Como o próprio artigo já explica, as células foram retiradas de um feto abortado legalmente na Holanda nos anos de 1970 e desenvolvidas em laboratório a partir da imortalização – ou seja, a capacidade perene de divisão. Elas deram origem a uma linhagem de células que desde então é usada na indústria farmacêutica em todo o mundo.

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Linhagens celulares desenvolvidas a partir de tecidos humanos são comuns em pesquisas científicas. As culturas servem para que os cientistas entendam como determinada substância age nas células, sem a necessidade de colocar vidas de pacientes em risco. No caso das vacinas, as células da linhagem servem como “pequenas fábricas” para que os vírus atenuados possam se multiplicar e não fazem parte da composição do produto final.

A postagem é enganosa, pois induz o leitor a acreditar que bebês são abortados para que a vacina seja produzida. Essa confusão fica clara nos comentários no Twitter. “Não tomarei”, disse um deles. “Tome a vacina e tenha sangue inocente nas mãos”, escreveu uma mulher. Outra especulou: “Meu Deus, isso tudo pra (sic) liberarem o aborto, tem método”. “Prefiro pegar o (sic) Covid e me tratar com Hidroxicloroquina”, resumiu um usuário que comentou o tuíte.

Leia a verificação completa no site do Projeto Comprova.

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