Colunistas

Tudo começa com o professor

Quis o destino que eu escrevesse na semana em que comemoramos o Dia do Professor. Foi no dia 15, caso não se lembre. Na verdade, acho que muitos não lembraram, inclusive os alunos. Vou mais fundo na reflexão: será que foi a maioria ou minoria que lembrou? Provavelmente sua resposta seja a mesma que a minha. Pais e jovens lembraram porque não tiveram aula. Um “problema” para resolver, pois não tem onde deixar as crianças. Já elas comemoraram a folga.

As redes sociais, que são inundadas de publicações em homenagens ao dia do amigo, do cachorro, ou de um aniversário de alguém que mal conheceu, não têm espaço ao professor. Talvez homenagear o professor “dá trabalho”. Seja no serviço público ou privado, não há valorização. E não estou falando apenas financeiramente.

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Tudo começa com um professor. Se escrevo essas palavras aqui na Gazeta, é por causa deles. Em 1993, aos 9 anos, comecei a estudar piano. Em 1993 mudei para Venâncio Aires e no ano seguinte entrei no Colégio Cenecista Professor José de Oliveira Castilhos, atual Coopeva. Lá conheci o inesquecível professor Elemar Müller, de Educação Artística e música. Foi com ele que aprendi a tocar diversos instrumentos e desenvolvi minhas habilidades musicais.

Foram elas que me levaram até o acordeon, depois de sair da escola. Mesmo fora do educandário, o professor Elemar continuou na minha formação musical. Como o acordeon era um instrumento caro e meus pais não tinham condições de me dar, ele emprestou, voluntariamente, o dele.

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Os anos passaram e em 2002 iniciei minha carreira como músico profissional de baile. Cantar e tocar é comunicar também. Exige conhecimento. E por aí, outros professores entraram na minha vida, através da universidade, no curso de Jornalismo.

Os professores me ensinaram a ser um profissional da música. Me deu repertório e ensinamento para me tornar um comunicador. Na sequência, um profissional de rádio. Os professores me ensinaram a potencializar minhas habilidades e aqui estou hoje, escrevendo.

Quantos professores não fazem o mesmo por seus alunos todos os dias, de formas diferentes. Seja na música, na ciência, história entre outros. E quantos pais não estão percebendo isso e deixam de estimular os filhos a continuar. Valorizar o professor não é só um bom salário. É reconhecer que ele será o ponto de partida para o futuro do seu filho. Mas será um processo lento e gradual. Essa educação também vem de casa.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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