O Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou abusiva a paralisação dos funcionários dos Correios. Em decisão liminar, o vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, apontou que os trabalhadores não poderiam suspender as atividades enquanto as negociações com os Correios não estavam concluídas.
Diante da decisão do TST – que destaca que, “se os trabalhadores de determinado segmento se encontram em greve e esta é considerada abusiva, simplesmente significa que não estão em greve” –, os Correios decidiram descontar os dias não trabalhados pelo funcionários que aderiram à greve. Nessa sexta-feira, 91.651 funcionários dos Correios (84,42%) estavam trabalhando no País.
Segundo a categoria, a greve foi iniciada pelos trabalhadores após as negociações com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) terem sido adiadas sucessivamente, com pontos negligenciados durante reuniões. Alterações e exclusões de cláusulas relacionadas à saúde não teriam sido debatidas adequadamente. Os funcionários também querem que o reajuste salarial proposto pelos Correios, de 3% a partir de janeiro de 2018, seja retroativo a agosto de 2017.
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Mutirão
Neste fim de semana, os Correios realizam mutirões para colocar em dia a entrega de objetos postais. A rede de atendimento em todo o País já estava funcionando, porém os serviços com hora marcada, como Sedex 10 e Disque Coleta, seguiam suspensos. Em Santa Cruz, os funcionários dos Correios mantiveram a greve. Na segunda-feira, uma nova assembleia será realizada às 15 horas, para avaliar o movimento e traçar estratégias.
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