Após a Casa Branca colocar ontem o Irã “sob aviso” de que os EUA vão agir contra o país a menos que este pare de testar mísseis balísticos e apoiar os rebeldes conhecidos como houthis no Iêmen, o presidente americano, Donald Trump, criticou o Irã em seu Twitter.
“O Irã está rapidamente tomando mais e mais [regiões] do Iraque mesmo depois que os Estados Unidos desperdiçaram três trilhões de dólares lá. Óbvio, muito tempo atras!”, disse Trump. Michael Flynn, assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, denunciou o comportamento do Irã em suas primeiras observações públicas desde que Trump assumiu o cargo.
Ele acusou o Irã de ameaçar aliados dos EUA e espalhar a instabilidade em todo o Oriente Médio, criticando a administração do ex-presidente americano Barack Obama por ter feito muito pouco para parar a República Islâmica. “Estamos oficialmente colocando o Irã em aviso prévio”, disse Flynn na Casa Branca.
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O que exatamente significa estar “sob aviso”, Flynn não explicou. No entanto, autoridades do governo Trump disseram que estavam considerando ativamente uma “gama de opções”, incluindo medidas e um maior apoio aos adversários regionais do Irã. As autoridades, que falaram sob a condição de anonimato, recusaram-se repetidamente a dizer se uma ação militar estava sendo considerada.
A advertência foi uma manifestação inicial da promessa de Trump de uma abordagem mais dura contra o Irã. No entanto, autoridades do governo enfatizaram que as alegações não estavam relacionadas com as obrigações do Irã sob o acordo nuclear que o ex-presidente Barack Obama e os líderes mundiais negociaram.
Embora Flynn e Trump tenham criticado esse acordo, as autoridades se recusaram a dizer se Trump planeja seguir sua promessa da campanha de renegociá-lo.
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A Casa Branca também criticou o Irã por apoiar os rebeldes houthis no Iêmen, que na terça-feira reivindicaram um míssil bem-sucedido contra um navio de guerra. A coalizão liderada pela Arábia Saudita está lutando para reinstalar o governo. O braço da mídia dos rebeldes xiitas disse que o navio pertence à Marinha da Arábia Saudita.
A Casa Branca disse que o objetivo de colocar o Irã “sob aviso” é para que Teerã repense seu comportamento. Flynn disse que o Irã especificamente violou a proibição da Organização das Nações Unidas (ONU) de “atividade relacionada a mísseis balísticos capazes de entregar armas nucleares, incluindo lançamentos utilizando tecnologia de mísseis balísticos”.
O ministro da Defesa do Irã, Hossein Dehghan, confirmou hoje que o Irã realizou um teste de mísseis, mas não disse quando o teste foi realizado e nem especificou o tipo de míssil. Ele insistiu que não foi uma violação das resoluções da ONU.
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* Com informações de Associated Press
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