Você já deve ter ouvido falar que qualquer cirurgia ou procedimento apresenta riscos. Por isso, é importante que o paciente compreenda quais são esses riscos antes de se submeter a uma operação ou até mesmo a procedimentos minimamente invasivos.
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Um dos eventos adversos de qualquer cirurgia é a trombose venosa profunda (TVP). É uma doença grave que causa a morte de uma a cada quatro pessoas no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia. No Brasil, a cada ano surgem cerca de 180 mil casos dessa patologia que se caracteriza pela formação de trombos, ou seja, de coágulos de sangue. Estes podem se soltar e circular pelas veias.
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Caso o trombo atinja os pulmões, pode levar a uma embolia pulmonar, que é a consequência mais comum de uma TVP. Quando atinge o coração, pode acarretar um infarto. No cérebro, pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).
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O Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose é comemorado em 16 de setembro. Instituída pela Lei nº 12.629/2012, a data tem o intuito de criar estratégias que garantam prevenir, diagnosticar e tratar o problema.
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Segundo o cirurgião vascular Edson Lucas Colomé, em toda cirurgia existe risco de trombose venosa profunda. “Quanto maior a complexidade do procedimento, maior a chance de TPV. Um exemplo é a cirurgia de prótese total de quadril, que tem cerca de 40% de chance e, portanto, exige que se faça profilaxia”, acrescenta.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a formação da TVP é mais comum na região das pernas ou na área pélvica, o que corresponde a 80% até 95% dos casos.
Quanto mais rápido a TVP for tratada, maior a possibilidade de reverter o quadro e evitar complicações e sequelas. Os principais objetivos do tratamento são impedir o crescimento do coágulo sanguíneo, impedir que avance para outras regiões do corpo, quando eles já se instalaram, promover sua reabsorção pelo organismo e reduzir as chances de recorrência.
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Para isso, são usadas substâncias anticoagulantes (impedem a formação do trombo e a evolução da trombose) ou fibrinolíticos (destroem o trombo). Em situações selecionadas, o tratamento pode ser feito na residência do paciente.
Outras formas de complementar o tratamento incluem a inserção de filtros na maior veia do abdômen, para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem aos pulmões, e meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose. Alguns casos requerem intervenção cirúrgica.
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Fatores de risco
Segundo Colomé, o risco de trombose é mais comum no período pós-cirúrgico, quando o paciente necessita de repouso, fica com a mobilização reduzida e, consequentemente, tem sua circulação sanguínea diminuída. Entretanto, a chance é maior quando há fatores de risco como:
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Prevenção
Muito embora não seja possível evitar determinados fatores de risco, Colomé afirma que é possível prevenir a TPV com alguns cuidados e medicações a serem adotados antes do procedimento:
O médico explica que o maior risco de trombose acontece nas primeiras 48 horas após a cirurgia. No entanto, é fundamental ficar em alerta por mais 15 a 20 dias, período em que ainda pode surgir a trombose. “Se o paciente notar inchaço ou dor na panturrilha; pele quente, avermelhada ou empastamento das pernas, deve procurar o seu cirurgião.”
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