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Tributo ao imigrante

Embora o início da imigração alemã em Santa Cruz do Sul tenha ocorrido em 19 de dezembro (de 1849, há 173 anos), a data é lembrada no Estado no dia 25 de julho, quando ingressaram os primeiros imigrantes dessa etnia em São Leopoldo, no ano de 1824, portanto há quase 200 anos. E em terras santa-cruzenses a data inclusive é feriado municipal (neste ano caiu em um domingo), para homenagear o Dia do Colono e do Motorista, nesse caso pela lembrança de São Cristóvão.

Já há dois anos, em que convivemos com a não convidada pandemia, a comemoração vem sendo restringida e até impossibilitada no caso das festividades alusivas aos antepassados colonizadores e seus descendentes, em eventos típicos no interior, que sempre davam maior visibilidade a essa justa lembrança desses fundamentais personagens da nossa história e viva manutenção de suas tradições. Assim, desafiam ainda mais os líderes para que não se percam as já enfraquecidas manifestações culturais.

Inclusive, em meu período de atividade pública, sempre dediquei especial atenção a essa cultura, por entender que ela diz muito e fundo no que tange à nossa identidade e, por isso mesmo, não pode ser deixada de lado, embora tantas tentações puxem para outras opções. Até fui reconhecido, em homenagem tocante das entidades persistentes na região de Monte Alverne, por esse apoio, que também outros lhes dedicaram. E continuo a reforçar e motivar a quem mantém ligação com essa área, e a quem atua na representação pública, de que esses estímulos não parem.

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Tocam-me também muito perdas de personalidades relevantes no esforço de elevar tais tradições, como aconteceu recentemente com a partida de Eguidio Assmann, um entusiasta dessa causa, com participação ativa há quase meio século no comando da Sociedade Gaúcho de Linha Monte Alverne, onde justamente sempre aconteceu tradicional evento do Dia do Colono em 25 de julho. Ainda no lançamento do meu livro Carl & Ciss – Crônicas da Colônia Alemã – Homenagem aos 170 anos de imigração germânica em Santa Cruz do Sul, que aconteceu em 19 de dezembro de 2019, ele estava presente e se emocionou muito ao serem entoados então os típicos e vibrantes vivas dessas solenidades de sociedade alemã – os Dreimal Och! – que basicamente buscam desejar vida longa a essas entidades e às pessoas que dela participam.

O assunto foi tema de uma das crônicas do livro (“Diversão sim, mas com disciplina”), que pode ser conferido na publicação disponível na Casa de Clientes Gazeta e na Livraria Iluminura, trazendo ainda um amplo leque de abordagens relacionadas aos imigrantes e a seus descendentes em sua indelével contribuição para o desenvolvimento social, econômico e cultural de nossa comunidade municipal/regional e a formação de sua identidade. E o momento é oportuno para que se reiterem os aludidos vivas em nosso meio, de modo que contribuam para manter com a maior vitalidade possível o que é e deve ser muito caro a todos nós.

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