Os partidos da base aliada do governo municipal, antes mesmo da repercussão da Operação Controle, desencadeada pelo Ministério Público, vinham promovendo reuniões com vistas às eleições de 2024. Mesmo demonstrando unidade, eles têm tratado da possibilidade de integrarem a majoritária. É o caso do PSDB, que se reúne dia 30. Atualmente, a sigla conta com dois vereadores e um secretário. Há informações de que o comando do tucanato estadual quer candidatura própria no município, tendo em vista a relevância de Santa Cruz.
Além do PSDB, o PSB teve reunião importante, recentemente, com filiações e debates sobre as eleições de 2024. O partido esteve em majoritárias nas últimas duas disputas em Santa Cruz e vinha em uma tendência de apenas buscar vagas no Legislativo. Agora, ganhou força ao ter o seu presidente nomeado secretário de Saúde. A pasta era ocupada pelo vice-prefeito Elstor Desbessell (PP). Fabiano Dupont já estava em uma secretaria relevante, a da Habitação. Agora, divide com Wagner Machado (PDT) as maiores fatias do orçamento municipal, pois Saúde e Educação têm garantia de recursos.
Com o afastamento do líder do governo, Henrique Hermany (PP), a função passou a ser exercida pelo experiente vereador Ilário Keller (PP). A bronca é bem maior do que se pode imaginar. Ser o representante do Executivo no Legislativo nunca é uma função tranquila, pois vira para-raio. Em condições normais e com ampla maioria no parlamento, a situação fica mais amena. No caso de Keller, a complicação vem em dobro, porque acaba tendo de responder ao que ainda não se tem certeza, que são as informações da Operação Controle. Sem julgamento de mérito por parte deste colunista, Keller demonstrou ter assumido a liderança de ato e fato. Enfrentou a oposição e até o grande público, que compareceu.
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Na tribuna, a vereadora Nicole Weber (PTB) fez um discurso enérgico e emocionado, mobilizando, muitas vezes, o público que acompanhava a sessão. A sequência das falas teve o novo líder de governo, que fez questão de rebater o posicionamento da petebista. Ilário Keller iniciou dizendo: “Esse discurso fervoroso eu já fiz, no passado, quando estava aprendendo a ser vereador.” O debate causou momentos de manifestação da plateia, mesmo essa possibilidade não estando prevista no regimento da Casa.
A oposição ficou incomodada com a estratégia dos governistas de ocuparem o maior tempo durante o período de falas, o que faria com que o tempo dos contrários ao governo ficasse reduzido, pois estava programada sessão solene após a ordinária. Diante disso, a petebista Nicole Weber pediu a ampliação da reunião. O assunto foi a votação. Mantiveram unidade o novo líder do governo, Ilário Keller (PP), o líder da bancada do Progressistas, Jair Eich, e o fiel escudeiro tucano, Gerson Trevisan. O vice-líder do governo, Raul Fritsch (Republicanos), votou com a oposição.
Como forma de atacar Serginho Moraes (PTB), em outra sessão, o Professor Cleber falou: “Sobrenome não é pedigree”. Agora, Moraes rebateu: “Sobrenome não é pedigree e me diga com quem andas que direi quem és”, em alusão ao fato de que o União Brasil integra o governo.
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