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Tribuna: “ano foi movimentado no mundo político”

Representantes do União Brasil estiveram nessa semana com a prefeita Helena Hermany (PP). O partido foi representado pelo presidente, Décio Hochscheidt; pelo vereador Professor Cleber e pelo secretário da sigla, Carlos Renato Thiel. Trataram sobre assuntos cotidianos, como o fato de Santa Cruz ter sido contemplada na segunda etapa do Programa Pavimenta RS, viabilizado por meio do secretário estadual Rafael Mallmann, do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano. O trio reforçou com a prefeita o compromisso com o nome de Helena Hermany para a próxima eleição. O União Brasil tem, atualmente, um vereador e a Secretaria de Agricultura.

Os desafios para Trevisan

O vereador Gerson Trevisan (PSDB) assume a presidência da Câmara automaticamente na segunda-feira, 1º de janeiro. Terá pela frente um ano difícil, por ser período eleitoral. Há restrições de medidas de acordo com a época. Também h possibilidade de assumir o Executivo, caso a prefeita se ausente por viagem ou férias, enquanto o vice-prefeito estiver afastado. Ainda tem questões como a possibilidade de aumento do número de vereadores, que pode ser definido até o período das convenções partidárias (julho/agosto) – pela população, Santa Cruz tem direito a mais duas vagas; a construção da sede do Legislativo, que está com licitação em andamento; e a definição de horário para sessões ordinárias ou as solenes, que devem ser ampliadas. Por fim, há o acompanhamento, na Comissão de Ética, da situação da Operação Controle.

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2023: olhar para trás a fim de pensar à frente

O ano que passou foi movimentado no mundo político, sobretudo nos estados e no Palácio do Planalto, haja vista se tratar de um período de novos mandatos – mesmo no caso das reeleições, como ocorreu, de forma inédita, no Rio Grande do Sul.

  • 8 de janeiro: o Brasil viu o que jamais poderia passar pela imaginação de quem estava acostumado a viver em um país pacífico, em que as eleições acabavam no dia da apuração do último voto. Prédios dos três poderes foram depredados, em Brasília, tendo como argumento a insatisfação de parte da população com o resultado das urnas. Resultado: muitos estão sendo condenados a anos de prisão, multas, alto custo para recuperação e a história do País manchada.
  • Inelegível: o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu decisão judicial tornando-o inelegível, mas tem garantida a manutenção de sua força política, em viagens pelo Brasil.
  • Votações importantes: o Congresso Nacional aprovou, sem grandes dificuldades, projetos históricos, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
  • Contas apertadas: o governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), apresentou dificuldades financeiras vividas pelo Estado. No apagar das luzes, teria um revés no Legislativo, quando tentou aumentar o ICMS de 17% para 19,5%. Antes disso, retirou o projeto da Casa.
  • Debates fortes: representantes da situação e da oposição, na Câmara de Vereadores de Santa Cruz, deram o tom de como será o próximo ano. Foram travados debates fortes, alguns beirando a quebra de decoro. Não raro, os ânimos tiveram de ser esfriados pela presidente Bruna Molz (Republicanos). Ela tentou normatizar a questão da convocação de suplentes, equivalendo ao que é praticado na Assembleia e no Congresso Nacional, como forma de adequação à lei e de economia aos cofres públicos. Não teve sucesso. Conseguiu, entretanto, dar andamento à ideia de construir uma sede própria para o Legislativo, fazendo os primeiros passos dos trâmites burocráticos. Também encerra o seu segundo período à frente da Casa como exemplo de transparência e gestão, devolvendo recursos à Prefeitura.

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Guilherme Bica

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