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DESFECHO

Três vão a júri por homicídio ocorrido no Várzea em 2018

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

João Carlos Godoy e Deividi dos Santos foram levados ao tribunal em novembro, mas defensor pediu cisão e eles serão julgados nesta quarta

Um corpo de jurados vai julgar nesta quarta-feira, 30, a partir das 9h30 no Fórum de Santa Cruz do Sul, as responsabilidades de três homens em um dos homicídios mais rumorosos ocorridos nos últimos anos no município. Será o último capítulo de uma história trágica que começou em 27 de agosto de 2018. Naquela noite, por volta das 19h15, criminosos armados, a bordo de um Fiat Palio vermelho, assassinaram a tiros Denian Marcel de Oliveira, de 19 anos, na Rua Irmão Emílio, Bairro Várzea, próximo ao cruzamento com a BR-471.

Eles ainda tentaram matar o irmão dele, Kevi Luan de Oliveira, então com 20 anos. Embora os dois tenham sido levados ao Hospital Santa Cruz, Denian acabou não resistindo e morreu após sofrer uma hemorragia interna por ferimentos transfixantes no tórax e abdômen. Já Kevi, atingido por um tiro no pé direito, sobreviveu – mas acabou morto em outras circunstâncias, em 4 de março de 2019. Dois dos acusados pelo crime já foram julgados no Tribunal do Júri.

O ex-pistoleiro Marcelo do Carmo, o Marcelinho, de 36 anos, foi julgado e condenado a 14 anos de prisão no último dia 24 de novembro. Na ocasião, em frente aos jurados, confessou ter sido o mandante do assassinato. Na mesma data, um homem de 27 anos foi absolvido das acusações de tentativa de homicídio e homicídio qualificado. Ele havia sido identificado como o motorista que levou os criminosos até a cena do crime. Sua participação como integrante do grupo de assassinos, porém, não foi confirmada e o próprio promotor Flávio Eduardo de Lima Passos pediu sua absolvição.

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Nesta quarta-feira, será a vez de sentarem no banco dos réus os dois indiciados como executores de Denian, Anderson dos Santos Ramos, de 25 anos, e João Carlos Godoy, de 39; e o homem responsável por fornecer as armas para o crime, Deividi dos Santos, de 30 anos.

Os dois últimos chegaram a ir ao tribunal no dia 24 de novembro, data em que Marcelinho foi condenado. Contudo, na ocasião, antes do início do julgamento e já com os réus em plenário, o defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior solicitou que Deividi dos Santos e João Carlos Godoy fossem julgados junto com Anderson dos Santos Ramos, em julgamento único.

Isso aconteceu porque, um dia antes do júri em questão, o advogado José Roni Quilião de Assumpção, então responsável pela defesa de Anderson, havia solicitado a cisão no processo, para que seu cliente fosse julgado em momento posterior. As mudanças foram aceitas pelo promotor e deferidas pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Os três acusados que serão julgados nesta quarta seguem no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.

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LEIA MAIS: Condenado por homicídio “possuía requintes de crueldade”, afirma delegada

Investigação

Delegada Ana, no júri de 24 de novembro | Foto: Rafaelly Machado

A investigação do homicídio e tentativa de assassinato ficou a cargo da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP). O homem de 27 anos, motorista do Palio, foi o único que respondeu ao processo em liberdade, pois sua participação foi considerada de menor importância no crime. Marcelinho, o mandante, já estava preso quando o homicídio aconteceu e Deividi, João Carlos e Anderson foram capturados na chamada Operação Filhos das Grades, deflagrada em 14 de setembro de 2018, que envolveu 43 policiais civis das delegacias de Santa Cruz do Sul.

Na mesma ação, uma pistola 9 milímetros da marca Taurus, municiada, e um revólver calibre 38, com cinco balas, foram apreendidos. O confronto balístico feito na pistola pelos peritos comprovou que um projétil no corpo de Denian havia saído da mesma arma apreendida com Anderson pela Polícia Civil na casa da mãe dele, durante a operação Filhos das Grades.

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Os cinco foram indiciados pelo homicídio qualificado de Denian, com a qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – de recurso que dificultou a defesa da vítima; e pela tentativa de homicídio de Kevi, em denúncia protocolada pelo promotor Flávio de Lima Passos, publicada em 6 de novembro de 2019. No primeiro júri, quando Marcelinho foi condenado, a delegada Ana Luisa Aita Pippi revelou detalhes da investigação.

Segundo ela, “provas robustas” foram colhidas no inquérito, incluindo imagens de câmeras da rua que mostraram a movimentação no momento do crime. Conforme a titular da 1ª DP, interceptações telefônicas fizeram com que não restassem dúvidas sobre quem mandou matar, quem forneceu as armas, quem efetuou o crime e quem fez o transporte dos assassinos.

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