Pacientes amputados transfemurais que buscam assistência junto ao Serviço de Reabilitação da Universidade de Santa Cruz do Sul (SRFis/Unisc), têm uma opção mais confortável para acabamento estético às próteses físicas. A universidade, em parceria com a Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef), investiu na colocação de capas de próteses transfemurais, cujo revestimento cosmético possui design arrojado. Nesta quarta-feira, 27, foi feita a entrega de capas para três pacientes. A Unisc é a primeira, entre os três estados do sul, a empregar este acabamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a coordenadora do SRFis/Unisc e coordenadora do curso de Fisioterapia, professora Angela Cristina Ferreira da Silva, o material, poliuretano, é mais moderno e substitui a espuma que já é utilizada. As vantagens são a fácil higienização e colocação, além de mais conforto e variedade de cores. Também há uma forte justificativa técnica: a responsabilidade ambiental, já que o plástico é reciclado e a espuma não.
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Já o responsável técnico da Acadef, Jivago Di Nápoli, lembrou que o mês de abril é conhecido como Abril Laranja, de conscientização sobre a amputação. “No ano passado, segundo o Ministério da Saúde, foram mais de 10 mil amputações pelo SUS. No mundo, cerca de 1 milhão de pessoas são amputadas por ano. Já o Rio Grande do Sul lidera o ranking no Brasil com 36% da população amputada”.
O reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn, demonstrou satisfação porque o momento representa a essência da Universidade de Santa Cruz do Sul em dois pilares. “Um deles é a educação de qualidade na prática, em que os estudantes aprendem com excelência. O outro é ser comunitária, em que por meio da ciência pode ajudar as pessoas”.
No ano passado, Lucas Borges dos Santos, de Sobradinho, sofreu um acidente de carro na ERS-400, rodovia que liga o município a Candelária. Ele ficou duas semanas internado no hospital. Como a infecção na perna não curava, a parte abaixo do joelho precisou ser amputada. “A infecção começou a subir e os médicos queriam mais tempo para tentar recuperar. Mas eu disse: a minha vida vale mais que uma perna”.
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Já em casa, Lucas ficou sabendo do trabalho feito na Unisc e buscou apoio. “É a primeira vez que estou usando uma capa para a prótese, estou me adaptando. O bom é que vou conseguir voltar a fazer o que mais gosto, que é trabalhar com elétrica”, diz Lucas que optou por usar uma capa na cor preta.
Quando o trabalho de colocação de próteses começou na Unisc, em 2002, Carmen Terezinha da Silva, de 72 anos, foi atendida na primeira turma, com apoio dos estagiários de Fisioterapia. Antes disso, em 1996 foi diagnosticada com artrite aguda. Os médicos tentaram recuperar a perna, mas a amputação teve que ser feita em 1999.
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Usando até então uma capa de espuma, Carmen optou pela capa nova na cor bege, que imita o tom de pele. “A que estou usando hoje é diferente, mais leve, melhorou bastante e com o passar dos anos vai melhorando mais. Não me importo muito com a parte estética, mas assim ficou mais bonito”.
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Outro paciente que recebeu a capa foi Francisco Dutra de Oliveira.
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