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Três explosões deixam dezenas de mortos na Nigéria

Três explosões atingiram a cidade de Maidguri, no nordeste da Nigéria, neste sábado, 7. São os piores ataques desde que o grupo Boko Haram tentou tomar a cidade em janeiro. Ninguém assumiu os atentados, porém. Não há informações precisas sobre as vítimas – as agências de notícias mencionam de dez a 50 mortos, e uma fonte no hospital de Maidguri disse à agência Reuters que “dezenas” morreram nas explosões, que ocorreram em locais diferentes da cidade. Testemunhas viram corpos sendo levados de todos os locais.

Na primeira explosão, um homem com um triciclo armado com uma bomba tentou entrar num mercado de peixes na estrada de Baga, no oeste da cidade. A bomba explodiu quando o triciclo foi impedido de entrar. A segunda ocorreu numa região chamada de mercado da segunda-feira. Na terceira, um carro-bomba explodiu ao lado de uma estação de ônibus próxima ao Departamento de Segurança do Estado (DSS). “Homens do esquadrão antibombas vieram alguns minutos após a explosão para vasculhar o local, depois começaram a retirar as vítimas. Vi cinco corpos destroçados sendo postos em veículos”, disse uma moradora da região próxima ao DSS.

No mercado de segunda-feira, as vítimas foram levadas para ambulâncias. “Contei cinco ambulâncias retirando vítimas do local. Os soldados estão disparando para o ar para afastar as pessoas do mercado”, um membro de um grupo de resgate disse à agência Reuters. 

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Há muito tempo, o grupo islamita Boko Haram cobiça a instalação, em Maidguri, da capital de um Estado islâmico que querem implantar na Nigéria, país de religião mista. Em janeiro, ao tentar tomar a cidade, deixaram mais de 100 mortos. Em 2014, o grupo tomou o controle de um território do tamanho da Bélgica, causando problemas ao mal-equipado Exército nigeriano. Há quase um ano, membros do Boko Haram se tornaram internacionalmente conhecidos ao sequestrar mais de 200 meninas.

O presidente Goodluck Jonathan, que busca a reeleição em 28 de março, tem sido fortemente criticado por sua falha em combater os insurgentes. A eleição ocorreria em 14 de fevereiro, mas foi adiada devido a temores pela segurança do pleito.

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