O clássico Ave-Cruz de número 117 na história foi realizado na tarde deste domingo, 15, na casa do Avenida, o Estádio dos Eucaliptos.
Após o empate em 1 a 1, os treinadores dos dois times, Márcio Nunes, do Avenida, e William Campos do Santa Cruz, revelaram ter gostado do desempenho de suas equipe após a partida, válida pela oitava rodada da fase de classificação. Ambos disseram acreditar que sua equipe deveria ter saído com a vitória, em entrevistas do final de jogo, ainda no estádio.
Para Márcio Nunes, o Avenida mandou na partida diante do Santa Cruz. O comandante do Periquito avaliou como normal o resultado de empate no clássico, em relação ao objetivo do clube nesta primeira fase, que é classificar para o mata-mata.
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“O jogo aqui hoje foi de um time só. O que planejamos durante a semana, e as situações do jogo, aconteceram. A gente sabia que o jogo do Santa Cruz é bola longa e pelas beiradas, anulamos o Laion, o Jhonata fez uma grande partida hoje. Abrimos o marcador muito cedo, e tivemos oportunidades de fazer o dois a zero já no primeiro tempo“.
Para o treinador do Avenida, a desatenção na hora do gol de empate do Santa Cruz, aos 36 da segunda etapa, foi fundamental para o resultado da partida, onde em sua visão, o time chegou mais perto do gol adversário.
“Criamos jogadas com o Léo Bahia, com o Dandan, oportunidades claras, não foram bolas jogadas na área como eles fizeram. Mas não podemos tomar o gol dessa maneira. A bola estava no nosso controle. A gente lamenta por ter dominado e criado durante os 90 minutos da partida e não saído com os três pontos“.
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Márcio Nunes disse ainda que o planejamento segue sem modificações para o restante da primeira fase. Na próxima rodada, o Avenida joga fora de casa, contra o Inter-SM.
“Não muda nada, mas desde que eu cheguei eu passo com os atletas, que cada jogo tem que ser tratado como uma final. A melhor equipe que enfrentamos até agora foi o Inter de Santa Maria, então a gente sabe das dificuldades que vamos enfrentar.”
Ainda durante a entrevista após a partida, o técnico do Avenida polemizou ao criticar o zagueiro Luis Henrique, que atualmente defende as cores do Galo, mas já atuou pelo rival. Durante a partida, Márcio Nunes foi expulso do banco em virtude do cartão vermelho recebido pelo seu auxiliar, Matheus Coelho. O regulamento do Gauchão prevê que o treinador também deve deixar o campo de jogo em caso de expulsão de membro da comissão técnica. O auxiliar do Avenida teria se desentendido em campo com o zagueiro do Galo durante o jogo, o que causou a saída do técnico alviverde. Ao comentar a jogada do gol do Avenida, o treinador não poupou o ex-colega de clube:
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“O Luis é um zagueiro lento, que a gente conhece, teve com nós no passado aqui, pouco nos ajudou, e a gente sabia que a gente poderia ter um enfrentamento muito grande pelo lado de lá“, falou o treinador. Nos acréscimos, o zagueiro Luis Henrique teve de ser atendido no gramado. Ele disse ter passado mal durante o jogo e sentido ânsia de vômito. A ambulância chegou a entrar em campo, mas o atleta foi atendido na beira do gramado e retornou à partida.
Wiliam Campos acredita que Galo poderia ter virado o jogo
Com o empate aos 36 do segundo tempo no clássico Ave-Cruz, com gol de Nena, o Santa Cruz manteve a liderança do grupo e a invencibilidade no campeonato. Com quatro vitórias e quatro empates até aqui, o Santa Cruz é líder de seu grupo, com 16 pontos, e soma seis pontos em relação ao primeiro fora da zona de classificação, justamente o Avenida, em quinto, com 10 pontos. A situação deixa o time alvinegro confortável para brigar pela classificação nas seis rodadas que ainda faltam na primeira fase.
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Após o clássico Ave-Cruz, o treinador Wiliam Campos destacou a reação de seu time no empate nos Eucaliptos, e lamentou que as condições do gramado não foram as ideais para a prática do futebol. O técnico ressaltou que o gol do Periquito foi marcado quando o volante Ben-Hur, do Santa Cruz, recolocava as chuteiras à beira do gramado, pois ficou sem o calçado ao cometer uma falta no meio-campo.
“Acabamos tomando um gol muito cedo, no momento que estávamos sem o Ben-Hur, e faltou um homem na frente da área. Infelizmente aconteceu o gol. Depois sentimos o jogo, mesmo com a dificuldade do gramado, conseguimos jogar. Foi um jogo muito truncado no primeiro tempo. O Avenida novamente veio defensivo. Faltou um pouco de finalização. No intervalo a gente conseguiu acertar, e no segundo tempo, se o gramado estivesse em condições teríamos virado tranquilamente. Empatamos o jogo e ficamos em cima na tabela. Tivemos que improvisar algumas situações, principalmente depois da expulsão do Jeffinho, mas fizemos um grande jogo, em um campo pesadíssimo e conseguimos criar oportunidades. Mais uma vez, se tivesse que ter um vencedor, seria o Santa Cruz.“
Para o técnico, é necessário valorizar a entrega dos atletas em um campo pesado. Mesmo com as condições adversas, Campos avaliou que a equipe procurou colocar a bola no chão para criar jogadas agressivas no ataque.
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“É um empate fora de casa, que nos mantém na liderança e de forma invicta. Dentro de casa, vamos buscar a vitória para valorizar o que fizemos até agora. O Gabriel Rossetto acabou sentindo, o Nena entrou e dispensa comentários. Já nos ajudou muitas vezes. É uma cara positivo, que o grupo todo gosta. Todos que entraram puderam contribuir. O Jeffinho estava conseguindo jogar e acabou sendo expulso. Tivemos que baixar o Rafinha e a gente estava em um momento melhor. Mais uma vez mostramos a força do grupo. Seguimos com pés no chão, muita humildade e trabalho intenso. Vamos seguir o que estamos fazendo. Todos estão de parabéns por tudo o que construímos.”
Campos comentou que os jogadores que não atuaram vão treinar na tarde de segunda-feira e espera superar as dificuldades da chuva intensa, que prejudica os gramados.
“Temos dificuldades de campos para treinar. Mas vamos trabalhar, na medida do possível, para ajustar questões pontuais porque já temos jogo na quarta-feira. Esperamos o apoio do torcedor novamente. Os atletas merecem, com toda a entrega. Ninguém faz nada sozinho. Todos são importantes. O apoio da arquibancada faz a diferença. É peça fundamental na nossa campanha.”
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