A criação de uma via perimetral em Santa Cruz, interligando as zonas Sul e Leste pela Estrada Bruno Pritsch, do Bairro Aliança até Linha João Alves, ainda não saiu do papel. O acesso, que promete ser uma das alternativas para desafogar o trânsito dentro da cidade – segundo o Plano de Mobilidade Urbana do município –, também servia como ligação à RSC-287, pela Travessa Dona Leopoldina. Dessa forma, criaria-se uma nova rota de entrada e saída.
O projeto, dividido em duas etapas, foi apresentado pela Prefeitura em fevereiro de 2019. Na primeira fase seria feita a pavimentação de 2,7 quilômetros da Travessa Dona Leopoldina, com uma estimativa de custo de R$ 4,8 milhões. Assim que iniciada a obra, a intenção do Município era concluir em até oito meses. A primeira etapa do processo foi citada pelo prefeito Telmo Kirst (PSD) na lista de obras que deveriam ser concluídas até o fim deste ano.
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Na outra ponta da perimetral, na Estrada Bruno Pritsch, a execução da obra seria mais complicada. Com praticamente o mesmo custo avaliado, o asfaltamento do trecho – com quase três quilômetros – dependeria de desapropriações ao longo do traçado, processo que o Poder Executivo também tinha interesse em realizar.
No entanto, nenhuma das etapas começou ainda. Usuários da estrada denunciaram à Gazeta do Sul as péssimas condições de tráfego, e a reportagem fez o percurso. Iniciando a verificação pelo Bairro Aliança, os primeiros obstáculos aparecem nos 500 metros iniciais da Bruno Pritsch, na altura de uma antiga pedreira. A pista está em péssimas condições, e há sério risco de derrapar ou atolar o carro. Logo na sequência, um trecho de buracos, cheios de água por causa da chuva dos últimos dias, testa a habilidade dos condutores.
Quando se chega ao Salão Assmann, em Linha João Alves, o asfalto interrompe o problema – que reinicia logo mais à frente, na Travessa Dona Leopoldina. A presença de buracos e desníveis se repete, em vários trechos da travessa que interliga Linha João Alves à RSC-287 em 2,7 quilômetros.
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Sem resposta
Na última terça-feira, 8, a reportagem da Gazeta do Sul entrou em contato com a Secretaria Municipal de Comunicação, solicitando um contraponto da Prefeitura ao projeto da perimetral. O pedido foi reiterado na quarta-feira, 9, com mais duas tentativas na quinta, 10, e sexta-feira, 11. Até o fechamento desta edição, a secretaria não havia respondido aos questionamentos sobre o início das obras ou a manutenção do trecho.
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