Há uma semana, o Tribunal de Justiça de Porto Alegre rejeitou um recurso que tentava impedir o sacrifício de 12 cães contaminados com leishmaniose. A doença, que pode ser transmitida para seres humanos por meio da picada de mosquito, é contagiosa e com tratamento restrito.
Até pouco tempo, a recomendação seguida pelos médicos veterinários apontava para o sacrifício do animal como única alternativa à leishmaniose. “Atualmente existe um tratamento, que é caro e não é 100% eficiente”, explica a médica veterinária Luciana Heck.
Segundo ela, o custo varia entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, dependendo do porte do cão contaminado. “É um medicamento importado que vem da Europa para o Brasil. Para recomendar o tratamento é necessário levar em consideração o estado do animal e a resposta ao medicamento.”
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Há um ano, um caso confirmado de leishmaniose, detectado em Sobradinho, colocou a região em alerta. Conforme a veterinária Luciana, ela mesma já atuou, neste ano, no diagnóstico e tratamento de um cão infectado pela doença. “O proprietário optou pelo tratamento importado, mas não foi possível salvar o cãozinho.
Risco de transmissão
A leishmaniose pode ser transmitida para seres humanos, mas não é o cachorro contaminado que passa a doença para o homem. Semelhante às transmissões da dengue e da febre amarela, o contágio ocorre por meio da picada de mosquito infectado com a doença. “O mosquito pica o cachorro e pode transmitir para os seres humanos. O contato com cães doentes por si só não é capaz de infectar os seus proprietários”, destaca Luciana.
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O vetor da doença é conhecido como “mosquito palha” e habita regiões com alta densidade de material em decomposição ou com mato alto. Em seres humanos a doença tem cura.
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