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Região

Transporte intermunicipal sob risco de greve no Vale do Rio Pardo

O transporte intermunicipal no Vale do Rio Pardo está sob risco de uma paralisação. Em assembleia realizada na terça-feira em Santa Cruz do Sul, os trabalhadores decidiram decretar estado de greve após rejeitar um dos itens da proposta de dissídio encaminhada pela patronal.

A divergência envolve a fixação de um novo piso para motoristas de linhas de curto percurso, de até 70 quilômetros. Atualmente, a base para todas as linhas é R$ 2.508,00. A proposta é passar para R$ 2.259,00, uma redução de 10%. 
O valor seria aplicado apenas para novos funcionários, sem prejuízos aos já contratados.

Segundo o advogado do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Intermunicipais, Interestaduais, Turismo e Fretamento do Rio Grande do Sul (Sindirodosul), Maurício Vieira da Silva, o temor da categoria é que as empresas passem a demitir os atuais empregados para substituí-los por outros, mais baratos. Segundo ele, a confirmação da paralisação depende da sequência das negociações. Por enquanto, ainda não há um novo encontro agendado. 

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A assembleia de terça reuniu mais de cem funcionários. O item referente ao novo piso foi rejeitado em uma votação secreta, por um placar de 85 a 19. Segundo a entidade, a votação foi feita em urna “para não expor os trabalhadores a retaliações”. Os demais itens da proposta salarial –  4% de reajuste nos salários e 5% no vale-alimentação – foram aceitos.

A região de abrangência do sindicato inclui também o Vale do Taquari. No total, 13 empresas atuam no setor, com cerca de 1,5 mil funcionários. 

Contraponto

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De acordo com o empresário Ernani Kahmann, que integrou a comissão de negociação designada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí (Sindiônibus), a redução do piso para linhas de curto percurso é uma reivindicação antiga das prestadoras e existe em várias regiões do Estado. Conforme ele, o faturamento dessas linhas é muito inferior, enquanto o custo da mão de obra é o mesmo. 

Kahmann descartou, entretanto, a possibilidade de demissões de empregados. “Deixamos bem claro que isso jamais vai acontecer. Essa substituição vai ser gradual, conforme os atuais forem se aposentando ou saindo por outros motivos”, alegou.

 O empresário disse ainda que a patronal foi pega de surpresa com o decreto de estado de greve e que não há motivo para uma paralisação. As negociações, de acordo com ele, vão prosseguir.

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