Depois de um dezembro sem registro de muitos casos de Covid-19, o cenário no Vale do Rio Pardo mudou nesse mês de janeiro. Atualmente, segundo a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) são 20 mil casos diários da doença e um aumento de 200% na transmissão, se comparado com o dezembro.
Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, a coordenadora adjunta da 13ª CRS, Aline Lima, diz que o momento requer atenção. “É a variante mais transmissível da história da humanidade. Está sendo bem avaliada pelos gabinetes de crise do Estado e dos municípios, medidas estão sendo tomadas, mas o momento é de precaução. As pessoas acham que é mentira, mas a Ômicron é muito agressiva”, alerta.
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Na avaliação dela, o que contribuiu para esse aumento foram as festas de fim de ano, a variante ser mais transmissível, as férias em que há maior circulação de pessoas sem o quadro completo de vacinação e a falta da máscara. “As pessoas já estão cansadas de usarem máscara, mas temos que ter consciência de que ainda vamos precisar usá-la por muito tempo.”
Ela pede a conscientização de toda a comunidade. “Estamos apreensivos com a possibilidade de um novo pico, principalmente nas internações. Por enquanto, as UTI’s dos nossos hospitais estão sustentáveis, mas se isso começar a mudar, tanto o gabinete de crise de Porto Alegre como os dos municípios vão começar a repensar as medidas restritivas.”
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Já sobre a vacina, Aline esclarece que a cada três pessoas internadas no Rio Grande do Sul, duas não têm o esquema vacinal completo. Mesmo assim, há registros de pessoas vacinadas em hospitais. “A vacina não veio com o propósito de livrar da doença. Ela veio para que, caso a pessoa pegue, não apresente sintomas ou não seja algo agressivo, que não corra o risco de ir para a UTI. Sem falar que o vacinado transmite menos o vírus e pode não ter a doença”.
Outro questionamento da população, segundo ela, é por qual motivo alguns são acometidos pela doença e outros nem sequer pegam o vírus. “A vacina protege, mas os sistemas imunológicos são diferentes. Então quem tem um sistema mais forte, será mais difícil ficar doente”.
Bebê de 5 meses morreu por Covid-19 em Venâncio
Aline ainda faz um apelo para que os pais vacinem as crianças. Diz que a coordenadoria não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre efeitos colaterais, nessa faixa etária, de quem tenha feito a vacina. “Tem se percebido uma mudança no tipo de paciente com a doença. Antes não se falava em crianças com Covid, mas hoje já é um perfil com vários casos. Tivemos, inclusive, recentemente o caso de um bebê de 5 meses que faleceu em Venâncio Aires. No ano passado, foram 62 mil casos e, somente em janeiro deste ano, já são 23 mil crianças positivadas“.
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*Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback
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