Pelo menos 33 crianças estão entre os mortos da tragédia que deixou ao menos 131 vítimas fatais após uma partida de futebol no estádio Kanjuhuran, em Malang, na Indonésia, no sábado, 1º. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério do Empoderamento das Mulheres e da Proteção da Infância. Ao jornal norte-americano The New York Times, o órgão afirmou que 33 crianças entre 4 e 17 anos morreram no episódio.
O lamentável episódio aconteceu ao fim da partida entre Arema FC e Persebaya Surabaya, válida pelo Campeonato Indonésio. Segundo as autoridades locais, o tumulto aconteceu após as forças de segurança usarem gás lacrimogêneo para conter os ânimos, provocando um grande tumulto, com dezenas de pessoas correndo para o gramado. As vítimas teriam sido pisoteadas na correria. Outras 323 pessoas ficaram feridas.
O presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou uma indenização às famílias das vítimas. “Como sinal de condolências, o presidente doará 50 milhões de rúpias (cerca de R$ 16,8 mil) para cada vítima falecida”, disse o ministro da Segurança, Mahfud MD, que prometeu a entrega do dinheiro em um ou dois dias. As autoridades da Indonésia afastaram nove policiais envolvidos na tragédia. “Vamos garantir que as leis sejam seguidas contra qualquer um que seja considerado culpado”, disse o chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta, em entrevista coletiva.
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As forças de segurança chamaram o incidente de “motim” e informaram que dois agentes estão entre os mortos. O duelo aconteceu na casa do Arema FC, derrotado por 3 a 2. Os torcedores acusam a polícia de exagerar na ação e provocar as mortes. O porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo, afirmou que os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança para identificar os “suspeitos que praticaram atos de destruição”. Dezoito policiais também vão ser interrogados.
Ainda de acordo com o ministro da Segurança, uma comissão formada por integrantes do governo, analistas, dirigentes do futebol, representantes da imprensa e das universidades vai investigar o episódio de maneira independente, prometendo resultados em até três semanas. Grupos de defesa dos direitos humanos exigem que os policiais sejam responsabilizados pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado.
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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, classificou o incidente como “dia sombrio” e “tragédia além da compreensão”, além de prestar condolências aos familiares e amigos das vítimas em um comunicado oficial da entidade máxima do futebol. “Junto com a Fifa e a comunidade global do futebol, todos os nossos pensamentos e orações estão com as vítimas, aqueles que foram feridos, juntamente com o povo da República da Indonésia, a Confederação Asiática de Futebol, a Associação de Futebol da Indonésia e a Liga de Futebol da Indonésia, neste momento difícil.”
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