Foi pesquisando sobre novas formas de interpretar as relações entre os seres vivos que a juíza Germana de Oliveira Moraes conheceu a filosofia Pachamama. A tradição que acompanha os povos indígenas da América Latina foi tema de uma roda de conversas realizada no Laboratório de Inovação Social da Mercur, em Santa Cruz do Sul. “A Pachamama é a Mãe Terra. Não é só o planeta, ou só a terra geológica, é todo o conjunto de seres que estão nela”, explica Germana.
Na prática, o que a juíza diz está relacionado à postura do homem diante dos outros seres vivos no planeta e a forma como alguns países já interpretam essa relação por meio de suas leis. “Na Índia, por exemplo, o Rio Ganges é como uma pessoa jurídica. É reconhecido como um membro da sociedade e respeitado também por isso.”
Assim, segundo a juíza, torna-se mais fácil qualificar e julgar casos em que a vítima é a vida presente no meio ambiente. Conforme a magistrada, desde 2009 a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a consciência Pachamama. “O século passado foi marcado pelos direitos humanos, o nosso século será marcado pelos direitos da natureza em sua plenitude”, reforça.
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