ATUALIZADO ÀS 19H21
Trabalhadores das Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e da região se mobilizaram na tarde desta quarta-feira, 7, contra a cobrança da contribuição sindical. A categoria lotou o auditório do sindicato que representa a classe, no Centro de Santa Cruz. Parte dos trabalhadores não conseguiu entrar no local devido à falta de espaço.
Com a aprovação da reforma trabalhista, no fim do ano passado, a contribuição deixou de ser obrigatória e passou a ser opcional. O pagamento equivale a um dia de salário do empregado e era descontado em folha. Na sexta-feira, 2, o Stifa divulgou um edital convocando funcionários para uma assembleia com o objetivo de autorizar o desconto em folha em março. O encontro foi marcado para esta tarde, entre as 16 e 17 horas, na sede da entidade. No entanto, os trabalhadores se mobilizaram contra a decisão do sindicato.
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Em entrevista à Rádio Gazeta, trabalhadores reclamaram da falta de divulgação da assembleia por parte do sindicato. “Essa convocação não foi divulgada para os trabalhadores dentro das empresas”, disse Luisa Straatmann Retzke. “Todos os empregados de fumageiras e empresas do ramo da alimentação que estão presentes não querem mais essa contribuição. Nós já somos penalizados com outros impostos”, afirmou ela. Outros dois associados ouvidos pela Rádio, mas que não quiseram se identificar, também se posicionaram contra a contribuição.
Houve tumulto no sindicato e a assembleia foi suspensa por volta das 18 horas. De acordo com o assessor jurídico do Stifa, advogado Wilson de Oliveira Filho, a suspensão ocorreu em razão do número de trabalhadores no local. “Representamos em torno de 10 mil trabalhadores e estiveram presentes menos de 400. Essa assembleia não teve a representatividade que se exige”, explicou.
Oliveira acrescentou que a maioria dos trabalhadores pertencia à somente uma empresa do setor fumageiro do município e, por isso, serão realizadas assembleias dentro de todas as empresas para retomar a pauta desta quarta-feira. “Nós representamos os trabalhadores mediante esse repasse (a contribuição) e tentamos explicar isso, mas não foi possível. No momento em que estivermos impedidos de fazer a representação deles, nós não representaremos mais no dissídio coletivo. Só participa da negociação aquele que for sindicalizado. O outro negocia direto com o patrão”, argumentou.
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Foto: Leandro Porto/Gazeta AM
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