Um grupo de torcedores protestou contra o mau desempenho do Internacional após o empate em 1 a 1 diante do Guaireña, do Paraguai, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Vidros do acesso da área VIP do Beira-Rio foram quebrados e um dos tapumes do Portão 7 do estádio foi queimado. Além disso, gradis de ferro, que servem para organizar as filas, foram arrastados. A Brigada Militar teve de intervir para dispersar os torcedores com bombas de efeito moral. Alguns foram ao edifício-garagem para aguardar os jogadores, que acessariam seus veículos. Houve confronto com os seguranças.
Uma reunião entre membros da direção nesta sexta-feira, 15, vai definir se o técnico uruguaio Alexander Medina permanece no clube. Contestado, o treinador mantém um discurso otimista mesmo sem uma evolução no desempenho e melhora nos resultados. Medina jamais conseguiu dar estabilidade e formatar um padrão de jogo. A equipe insiste em passes laterais, é lenta na movimentação e enfrenta dificuldades para finalizar. O sistema defensivo é frágil por cima e por baixo. Tiago Nunes, Mano Menezes e Lisca surgem como prováveis substitutos.
Na coletiva após o jogo, Medina defendeu o trabalho e acredita em evolução. “Quando tivermos todos, ou a grande maioria, vamos crescer. São vários jogadores que chegaram. Temos de buscar a melhor forma. Isso é um processo que estamos passando. Estamos trocando os jogadores. Creio que vamos andar bem durante o ano. É um processo. Os dirigentes estão vendo o trabalho que está sendo feito. Nestes últimos dias, incorporamos vários atletas. A equipe vai mudar na medida em que todos estejam à disposição. Seremos muito competitivos”, afirmou.
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Sobre a partida contra o Guaireña, Medina exaltou a produção da equipe, mas justificou o empate pela falta de efetividade no ataque. “Fomos superiores ao rival ou não? Fomos muito superiores, mas empatamos. O que faltou? Fazer o gol, que é o mais importante. Tivemos cerca de 20 situações claras. Não foi um desastre. Faltou contundência. Temos de analisar o todo. Assumo a responsabilidade de empatar com o Guaireña, mas há indicadores de que estamos no caminho certo. Obviamente estamos doídos. Viemos para buscar o triunfo. Fizemos de tudo para ganhar. Tivemos muitas situações de gol, mas não convertemos. Isso faz parte do futebol”, ressaltou.
O meia Taison comentou sobre a fase vivida pela equipe. “É difícil de entender. A gente tenta e tenta, mas acaba tomando gols no contra-ataque. Torcedor vive de vitórias. O torcedor colorado é assim (sobre vaias). Temos de chegar em casa e deitar a cabeça. Temos de ter nossa autocrítica. Domingo tem de novo. Eles (torcedores) vão fazer a mesma coisa que fizeram hoje. Temos de estar com a cabeça boa para fazer um grande trabalho.”
O Internacional volta a campo no domingo, 17, às 18 horas, diante do Fortaleza, pela segunda rodada do Brasileirão, em Porto Alegre, no confronto que marcará a despedida de D’Alessandro dos gramados. Pela Sul-Americana, o próximo jogo é no dia 26 de abril, contra o Independiente Medellín, no Atanasio Girardot.
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Com fortes dores no joelho, o volante Edenilson deixou o gramado ainda no primeiro tempo da partida contra o Guaireña e tornou-se uma preocupação para departamento médico. Aos 35 minutos, o volante levou a pior em uma dividida na lateral de campo. Com muitas dores no joelho esquerdo, ele deixou o gramado na maca e precisou ser substituído por Caio Vidal. O Departamento Médico do Inter, porém, ainda não se manifestou sobre a possível lesão do jogador.
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