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Tomar decisões profissionais

Sempre tive problemas em tomar decisões profissionais importantes na minha carreira. Não por medo ou qualquer coisa do tipo, mas por ser perfeccionista. Desde a escolha do curso de jornalismo, tinha um plano de carreira desenhado pra mim. Eu sabia que jornalismo era uma área difícil, que precisaria me esforçar para ser muito boa, ou talvez nem sequer pisasse em uma redação.

Sempre fui meio doida quando se trata da minha carreira. Acompanhava trajetórias de pessoas que chegaram aonde eu queria estar e tentava criar caminhos semelhantes para eu ter a mesma ascensão. Mais tarde descobri que cada um tem sua trajetória, modificada pelo momento, pelas oportunidades que surgem, pelos contatos e talvez, por último, pelas experiências descritas no currículo.

Eu até consegui subir os degraus desenhados na minha cabeça por um tempo, mas pasmem: descobri que, de fato, as coisas não saem como o planejado, mas isso não é ruim. Muitas vezes eu caí e depois subi dois degraus, ou mesmo o contrário. Eu não esperava, inclusive, em vários momentos da minha vida estar no degrau que queria e mesmo assim me sentir frustrada.

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Enfim, a Paula que entrou na faculdade se frustraria que o plano inicial não deu certo. Mas também não acreditaria nas conquistas que jamais cogitou viver.

É confortante pensar que da noite para o dia, o universo e nossa disposição nos fazem trilhar caminhos novos e inesperados. Ao mesmo tempo, é assustador pensar que esses caminhos possam não existir. E mesmo tendo a prova de que às vezes o melhor é ter calma, ainda penso muito sobre os próximos passos. Mas também tenho saudade do passado. Dificuldade de viver o agora, com toda certeza de que ele vai me fazer falta no futuro.

Talvez a coluna de hoje seja apenas um desabafo, não contribua para o debate social ou tenha um propósito maior do que discutir o próprio sentimento de ansiedade que nós humanos desenvolvemos cada vez mais. Mas espero que alguns se identifiquem e reflitam comigo sobre as coisas que já conquistamos em tão pouco tempo ou, às vezes, com tantos desafios enfrentados. A realidade de hoje, mesmo que possa nos fazer sentir cansados e às vezes frustrados, pode ser um objetivo que nós mesmos um dia buscamos alcançar no passado.

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Para vocês, leitores, e para mim: pensem nas próprias metas e não se comparem, a vida não é nada justa. Algumas pessoas serão privilegiadas por questões que sequer um dia vamos descobrir. Isso não tem a ver com a gente, mas as ações que tomamos em cada minuto da nossa rotina, sim. Vamos trabalhar por nós mesmos, porque se no meio do caminho a gente cansar de sonhar, nós é que vamos sofrer as consequências.

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