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Todos os caminhos levam ao Enart

Neste final de semana, e já desde a sexta-feira, Santa Cruz do Sul e toda a região respiram os ares do tradicionalismo. Com a realização do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), milhares de pessoas, desde as que integram as entidades presentes na mostra competitiva até as que, familiares ou aficionados, acompanham as apresentações, movimentam a socioeconomia.

E o evento se beneficia de uma trégua providencial no clima. Ainda que os últimos dias (ou as semanas) tenham sido marcados por sucessivas chuvas, finalmente este fim de semana chega com tempo firme. Isso favoreceu os deslocamentos para quem se dirigia a Santa Cruz a fim de participar do Enart e também a estadia na cidade, o que envolve os acampamentos que, como de praxe, são montados dentro do parque da Oktoberfest.

Se o clima colabora com o Enart, propiciando mais tranquilidade para todos os envolvidos com o grande evento do tradicionalismo, igualmente permite que famílias uma vez mais atingidas pelas águas em vários municípios possam conferir a situação em suas propriedades. Muitos estragos foram registrados novamente ao longo do Rio Taquari, nas mesmas comunidades que haviam sido duramente afetadas nas enchentes de setembro.

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Nesta semana, o jornalista Ricardo Gais e o fotógrafo Alencar da Rosa visitaram Muçum e Roca Sales para verificar o quanto essa segunda enchente, a de novembro, acarretou prejuízos naquelas localidades. Conforme eles compartilham em reportagem especial nas páginas 20 a 22 desta edição, inclusive em vídeo que pode ser assistido no Portal Gaz ou por QR Code, Muçum sofreu muito com a elevação das águas do rio. “Está quase uma cidade fantasma”, descreve Gais, tamanho o desalento que a enchente deixou.

Em outra editoria, a de cultura e história, nesta edição compartilhamos mais uma reportagem da série Rumo aos 200 anos da Imigração Alemã. A matéria vem acompanhada de um convite: para que a comunidade prestigie, na próxima segunda-feira, o evento Epopeia Alemã, que será realizado pelo Colégio Estadual Monte Alverne, na sede daquele distrito, recepcionando na parte da tarde a escritora e professora santa-cruzense Valesca de Assis. Ela é autora de um romance que tematiza os primórdios da colonização germânica na região.

Em A valsa da medusa, Valesca relata uma história de amor, ficcional, entre um Brummer (mercenário alemão), que se fixa em Santa Cruz para ser professor, e uma das primeiras imigrantes. Em entrevista que concedeu à Gazeta do Sul, que integra a reportagem especial nas páginas 18 e 19, Valesca detalha as circunstâncias nas quais elaborou o livro, que marcou a sua estreia em narrativa de ficção, em 1989. Há, portanto, muito a ver, conferir e prestigiar neste final de semana e no começo da próxima. Boa leitura!

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