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“Tô acabando com tua vida, meu amigo. Você que decide se isso para ou continua”, diz golpista à vítima de golpe do nude

Print com parte das ameaças sofridas pela vítima

Não bastasse o sofrimento causado pela perda do filho Pedro Mans em um acidente de trânsito, em agosto de 2020, que até hoje não ganhou desfecho na esfera judiciária, o coordenador do Banco do Povo de Santa Cruz do Sul, Paulo Mans, 50 anos, vem lidando neste início de 2023 com uma série de extorsões que estão tirando seu sono e de seus familiares.

Após aceitar um convite de amizade no Facebook, ele conversou em algumas oportunidade com uma suposta mulher no Messenger e depois no WhatsApp, até que, na última quarta-feira, um homem entrou na conversa. “Ele me apresentou algumas montagens de fotos minhas do Facebook, junto de fotos íntimas de outras pessoas tiradas da internet, dizendo que iria enviar para parentes caso eu não depositasse via Pix um valor em dinheiro para ele”, comentou Mans.

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O coordenador foi mais uma vítima do já conhecido “golpe dos nudes”. Mans não caiu na conversa do golpista e não depositou o valor. “Nunca troquei fotos íntimas com ninguém. Eu até disse que poderia publicar, que as fotos não eram minhas mesmo.” Por fim, as montagens chegaram a ser enviadas pelo Messenger pelo estelionatário a alguns parentes de Mans. Apesar de constantes ameaças, o santa-cruzense, levou o caso à polícia.

“Registrei a ocorrência e espero que esses estelionatários sejam pegos”, comentou. Em uma das mensagens enviadas a Mans, por um telefone de código 54, o golpista diz: “Tô acabando com tua vida, meu amigo. Você que decide se isso para ou continua”. A audácia do criminoso era tamanha que ele mostrou uma foto com diversos aparelhos telefônicos. “Tenho cinco celulares focados só em você, com mais de 60 WhatsApps”, dizia em mensagens enviadas a Mans.

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Já no fim das conversas, estelionatário ainda explica o delito que está cometendo. “Chama crime cibernético. Sou bem estudado, amigo. Já peguei policiais civis, advogado, juízes, desembargadores. Você é apenas mais um. Vou terminar com o resto da sua vida e imagem. Vamos entrar num acordo e paro com isso”, disse o criminoso.

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Paulo Mans foi alvo dos estelionatários | Foto: Divulgação

Sogra também foi alvo de estelionatários

Paralelo ao “golpe dos nudes” sofrido por Mans na quarta-feira, a sogra dele, Norli Kaden, foi alvo de outro crime cibernético no mesmo dia. Ela recebeu mensagem de um WhatsApp que tinha uma foto de sua filha Katia Mans, esposa de Paulo, dizendo que era seu número novo e precisava de um valor em dinheiro, cerca de R$ 1,3 mil, para quitar um pagamento. Depois, devolveria.

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Os familiares também não caíram e denunciaram o caso. Um fato semelhante aconteceu com uma colega de Mans no Banco do Povo – criaram um perfil fake no WhatsApp e pediram um valor em nome de seu filho. A quantidade de golpes via internet vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, sobretudo após o período de pandemia.

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Foto: Reprodução

O fato, aliás, é apontado por autoridades policiais como um dos elementos para a diminuição de crimes violentos em algumas cidades, porque o criminoso percebe que é mais difícil chegar ao autor e a reprimenda judicial é menor. O caso de Paulo Mans foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul e será investigado pela Delegacia de Polícia de Vera Cruz, cidade onde ele mora com a família.

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