Estreando no Fora de Pauta, escrevo sobre um assunto que muito se tem falado nos últimos anos: viver no modo automático. Cada pessoa tem seu script de rotina, que mais parece ser um manual de instruções, idêntico para cada dia. Mas, e quando este modelo muda sem estarmos preparados? Isso já aconteceu por diversas vezes comigo; só neste ano, nem lembro quantas vezes. E olha, que estamos apenas – ou já – iniciando o quarto mês de 2023.
De segunda a sexta-feira, eu realizo o mesmo trajeto, de carro, para vir trabalhar: da minha casa, em Linha João Alves, passando pela Avenida Léo Kraether e seguindo pela Rua João Werlang – pelo Bairro Belvedere –, chegando ao cruzamento com a Rua Gaspar Silveira Martins, onde eu seguiria até a Rua Thomaz Flores para chegar ao Centro.
Nestas andanças diárias, observamos obras que acontecem em nossa cidade, principalmente as que a Corsan realiza, e que acabam obstruindo a rua. Foi em uma dessas situações que tive que dobrar à direita, momento de pensar de forma rápida e mudar meu roteiro para chegar ao meu destino. Tudo isso dentro dos minutos restantes que eu tinha para chagar no horário planejado.
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Para vocês entenderem melhor, na semana passada a Corsan iniciou uma obra de melhorias na tubulação e, consequentemente, bloqueou o meu trajeto diário – assim como de muita gente que vem pela Rua João Werlang.
Ao me deparar com a situação, e ver que eu teria que mudar minha rota e passar por outras ruas, confesso que fiquei desorientando, pois eu estava no modo automático de realizar sempre o mesmo caminho. Não havia tempo para olhar no aplicativo de mapa um roteiro novo. Por mais que isso possa parecer ingênuo para algumas pessoas, mudanças repentinas em nossa vida causam nervosismo e estranheza, mesmo que sejam mudanças pequenas.
Tive que dobrar à direita e seguir pela Rua Gaspar Silveira Martins, até eu me localizar novamente, para chegar ao meu destino. Querem saber do melhor? Hoje esse novo trajeto, em que dobro à direita, passou a integrar meu GPS da memória. Não foi tão ruim assim mudar a rota, e até facilitou o dia a dia.
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Este é um pequeno exemplo desta correria que é viver. Assim como podemos ser submetidos, de forma inesperada, a mudar o trajeto diário para o trabalho ou a universidade, assim somos surpreendidos em outras questões da vida.
A mudança causa medo e insegurança, mas se não nos atrevermos a fazer diferente, não vamos saber como é o outro lado de uma situação ou como seria experimentar um caminho novo e o que ele pode nos apresentar de bom.
Eu não apenas dobrei à direita (e, naturalmente, por vezes à esquerda) no trânsito como já fiz isso em situações da minha vida, na qual decisões me levaram para caminhos diferentes e possíveis. Tive que abraçar decisões sem pensar muito, apenas seguir a outra opção, o outro caminho que se apresentava naquele momento. Hoje, eu agradeço por ter dobrado à direita e ver que há outras possibilidades, outros caminhos, e eles são lindos. Então, vai uma dica: sempre haverá outra rota!
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