Se a estreia do Brasil na Copa do Mundo fosse hoje, o time que joga o amistoso contra a Croácia neste domingo, em Liverpool, seria o titular. Ou seja, sem Neymar. A afirmação foi feita neste sábado pelo técnico Tite, em Anfield Road. Por um motivo muito simples: é a melhor formação que ele tem neste momento.
Tite escalará para iniciar a partida de amanhã: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Fernandinho, Paulinho, Willian e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus, que será o capitão do time. “Esse seria o time sim, porque no momento são os melhores e a gente tem de trabalhar em cima dos melhores, buscando a evolução de cada um”, explicou o treinador.
Neymar, evidentemente, vai ter um lugar na equipe quando estiver em forma. Mas amanhã, contra a Croácia, no dia em que completa três meses da cirurgia a que foi submetido no quinto metatarso do pé direito, o craque entrará no segundo tempo. Foi o que decidiu Tite.
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Quando Neymar voltar, no entanto, os maiores candidatos a sair do time são Philippe Coutinho e Willian. Tite não diz isso claramente, mas suas respostas levam a esta direção. Ele, por exemplo, está convicto de que Casemiro e Fernandinho dão a suporte defensivo necessário ao time. “Eu busco o equilíbrio. O Fernando remete a uma característica do Atlético-PR, do Shakhtar e adaptada no City. É o articulador, o passador do lado esquerdo com liberdade para Marcelo e do atacante que estiver do lado esquerdo”, disse.
Ele, porém, não quer se deixar levar pela ansiedade de ter de decidir quem sairá para a entrada de Neymar, que só deverá acontecer de forma efetiva na Copa, neste momento. Tomou a decisão ao ouvir conselhos de pessoas mais experientes. “Fico na expectativa, aí caio na real. Pego um pouco da experiência do Zagallo e do Parreira. Eles me disseram que a trajetória da Copa vai mostrando, vai te dando essa condição de observar. Tomara que eu tenha competência sem premeditar, sem arrumar lugar para ninguém.”
O treinador também deu a entender que pode mudar a equipe de acordo com as características do adversário ou as condições do jogo. “Tem que saber que em momentos o adversário vai estar melhor, que ela passe por essas etapas e eu controle minha ansiedade para não antecipar nada.”
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Questionado por fechar os treinos da seleção de uma maneira mais incisiva que seus antecessores, Tite defendeu sua posição. “A decisão é do técnico, é minha. Respeito muito o trabalho de vocês (jornalistas), sei que se municiam de informações e tentamos um ponto de equilíbrio para ter privacidade também para na hora de fazer uma substituição e dar uma dura”, disse. “Eu não estou sempre bem humorado. Não estou todo dia assim. Daqui a pouco tem um problema com o Neymar, imagina como isso iria ecoar”, acrescentou, argumentando que permite o acesso dos jornalistas em momentos importantes. Deu como exemplo o treino de quinta-feira. “Quer ver exemplo, na quinta, na parte inicial do trabalho, estava definida a equipe para vocês gravarem.”
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