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Tiro ao Rei para comemorar 145 anos de clube

Como boa parte das tradições mantidas pelos santa-cruzenses, a competição de Tiro ao Rei foi trazida ao município pelos primeiros imigrantes alemães, no final do século 19. Primeiro, consistia em uma maneira de treinar para manter a segurança das propriedades, depois tornou-se uma atividade desportiva realizada nas festas das igrejas, sempre no período da Páscoa. A modalidade chegou a cair no esquecimento por algum tempo e foi retomada há cerca de 20 anos pela Sociedade de Tiro, Caça e Pesca de Santa Cruz do Sul, que comemorou 145 anos com uma disputa de Tiro ao Rei, nesse sábado.

Sob o nome de “Carabina apoiada”, já que o título oficial agora é reservado apenas para o torneio disputado dentro da Oktoberfest, 24 atiradores competiram durante a festa. O certame é definido por meio dos pontos marcados em seis disparos contra um alvo a 50 metros de distância – sendo três tiros de treino e três para valer.

O patamar máximo é de 30 pontos, com os tiros acertados bem no centro do alvo, chamado de “X”, funcionando como critério de desempate. A arma utilizada é um rifle do modelo Anschütz, calibre 22. No campeonato que será disputado na 33ª edição da Festa da Alegria, em outubro, será eleita a nova corte do Rei do Tiro, como manda a tradição. Trata-se de um rei, uma rainha, três princesas, três cavaleiros, três valetes e três damas. As categorias são divididas por idade, sendo o rei e a rainha os mais velhos. Este será o segundo ano de realização do torneio na Oktoberfest. 

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Egídio Strohm: torneios no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Foto: Rodrigo Assmann

 Conforme um dos competidores mais antigos na Sociedade de Tiro, Caça e Pesca nessa modalidade, o servidor público Egídio Strohm, a principal característica é a precisão. “Exige muita concentração e não precisa ser um tiro rápido, como em outras práticas com revólveres, por exemplo”, explicou.

Para Strohm, a integração com os outros sócios e a sensação de relaxamento são as melhores coisas que o clube de tiro proporciona. Ele participa da associação há mais de duas décadas e compete pelo Tiro ao Rei durante todo o ano, em diversos municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O treino para os torneios é sempre nos sábados. “Não existe uma explicação concreta, mas me identifico com essa modalidade e é algo muito prazeroso pra mim.”

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A Sociedade de Tiro, Caça e Pesca de Santa Cruz do Sul conta hoje com 400 sócios e 13 instrutores de tiro licenciados. Anualmente, a associação sedia cinco etapas de campeonatos nacionais de tiro, 18 etapas estaduais e 42 etapas municipais. 

Para se tornar membro, o presidente da Sociedade, Ivan Keller, explica que é necessário ser indicado por algum integrante. “A partir dessa indicação nós fazemos uma avaliação, com atenção especial para a ficha criminal e histórico de usos de drogas e atitudes violentas”, ressaltou. Conforme Keller, todos os tiros praticados são reais e as armas e munições são adquiridas via Exército. Pessoas com porte legal de arma também podem utilizar a estrutura da associação para praticar. O clube funciona de segunda a sábado, das 14 às 20 horas. 

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