Copa do Mundo

Tiago Rech: “Confio tanto no hexa que resolvi estender minha permanência no Catar”

Um colega brasileiro do grupo de Fan Leaders da Fifa utilizou uma palavra que há muito não ouvia para definir a partida contra Camarões: enfadonha. Com a péssima acústica do Lusail Stadium, que impede o som da torcida do Movimento Verde e Amarelo (MVA) de se espalhar, em muitos momentos imperou o silêncio, só interrompido pelos gritos a cada gol perdido. Já assisti Santa Cruz e Cruz Alta pela Terceirona com muito mais emoção. 

Mas agora já é passado. No país dos camelos, chegamos até as oitavas de final da Copa das Zebras. Alemanha, Uruguai, Bélgica e Dinamarca já foram fazer o passeio no deserto ou pegaram o barco no Golfo Pérsico. Avançaram em seus lugares Japão, Coreia do Sul, Marrocos e Austrália. O futebol do mundo globalizado e tecnológico diminui a cada dia as diferenças de nível técnico entre as seleções. 

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Olhando os possíveis confrontos do Brasil até o título, pedreira mesmo só na semifinal e na final, com Argentina e França nas principais projeções. Essa Copa já mostrou que tudo pode acontecer, inclusive nada, como em diversas partidas funcionando como a cura para qualquer insônia. 

No sábado, ele conferiu Holanda e EUA

De todas as partidas que eu tive a alegria de assistir no estádio, a mais emocionante até aqui foi México e Arábia Saudita. Um jogo em que os mexicanos foram ao ataque, e por um gol não conseguiram a classificação.

Nos jogos do Brasil, o mais legal é a festa proporcionada pelo MVA. Já começa nos esquentas – e eu faço questão de ir cedo para ajudar na ornamentação do espaço. Com Brahma gelada e muita música brasileira, o agito segue pelo metrô até o estádio, em uma animação que faz até catariano sair do chão. Aliás, que bacana a escola de Santa Cruz do Sul que viralizou ao cantar o hino Único Penta É o Brasilzão.

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Mas voltando às oitavas, nesta segunda-feira, 5,: se perder, volta para casa. O que ninguém quer, é claro. Eu confio tanto no hexa que resolvi estender minha permanência no Catar, proporcionada pela Fifa e pelo Supremo Comitê, até a final. 

Foto tirada por Tiago, que assistia de local privilegiado, de Tite orientando jogadores

“É, em cinco-oito, foi Pelé;
Em meia-dois, foi o Mané;
Em sete-zero, o esquadrão
Primeiro a ser tricampeão.
Oh, 94, Romário;
2002, Fenômeno;
Primeiro tetracampeão,
Único penta é o Brasilzão!”
E em 2022? Qual será o nosso craque a garantir a taça e ficar eternizado em uma música? Eu ainda tenho esperança no Neymar.

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