O Grêmio foi superado pelo Athletico-PR na Arena por 1 a 0 e segue sem pontuar no Brasileirão após dois jogos disputados. A derrota para o Furacão foi a primeira de Tiago Nunes na casamata do Grêmio – contra o Ceará estava cumprindo o isolamento pela Covid-19. O treinador admitiu as dificuldades da equipe para criar jogadas diante da boa marcação do Athletico, mas avaliou que o empate teria sido um resultado mais justo.
“Foi um jogo muito difícil, muito duro contra uma equipe que, além de organizada, está com um ritmo maior que o nosso. Nós tínhamos jogadores estavam há um tempo sem atuar os 90 minutos. Ritmo de jogo só se consegue jogando. Foi um somatório de fatores que não nos ajudaram. Foi um jogo de aproveitamento. O adversário nos ofertou mais tempo com a bola. Tivemos um número de chances parecidas, de finalizações semelhantes. O resultado acaba passando por cima do que foi o jogo, onde o empate, talvez, tivesse sido mais justo pelo que se produziu”, avaliou o técnico. “Já tinha enfrentado o Paulo Autuori, que é um dos mentores disso tudo, no ano passado também com linha de cinco defensores. Criamos até alguns cenários pensando nisso. Era um jogo que precisávamos ter um pouco mais de criatividade, de infiltração, de forçar o jogo vertical em alguns momentos para tentar criar um volume maior de cruzamentos e finalizações. Não tivemos a sorte nem a eficiente necessárias para aproveitar nesse quesito”, pontuou.
O fato de esperar o Athletico-PR bastante fechado na defesa foi usado como Tiago Nunes como um dos motivos pela opção de iniciar a partida com Jhonata Robert ao lado de Matheus Henrique e Thiago Santos no meio-campo. “O Jhonata Robert tem o enfrentamento de um contra um, a batida na bola, que hoje se mostrou boa. Ele tem também potencial de finalização, de pisar na área. O Jhonata é um meia mais atacante, o Jean Pyerre é um meia organizador. São características que podem se complementar ou usar um ou outro. Jhonata jogou hoje porque esperava um adversário mais fechado e precisávamos de um recurso individual para quebrar a marcação”, explicou.
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Sobre os próximos jogos, o treinador gremista disse entender como normais as cobranças por vitórias e disse que a evolução da equipe nas últimas partidas foi prejudicada pela sequência de desfalques. “Sabemos que a cobrança pela vitória é contínua. Temos que entender que faz parte, que estamos em um caminho. Não posso avaliar o estágio em que estamos. Estávamos crescendo como equipe, vencemos o Gauchão, fizemos a melhor campanha na primeira fase da Sul-Americana, passamos na Copa do Brasil, mas tivemos 15 casos de covid, além das convocações. Tudo isso quebra o ritmo da equipe. O trabalho é contínuo, mas, muitas vezes, acontecem fatos que quebram a sequência”, concluiu.
Diego Souza acabou contido pela marcação do Athletico-PR e teve apenas três finalizações no jogo — uma delas de bola parada. O centroavante admitiu que o domínio da posse de bola do Tricolor, de 60%, não foi bem aproveitado. “A gente teve um maior domínio do jogo, mas isso não quer dizer nada. Pegamos uma equipe muito bem fechada e não conseguimos tirar proveito, achar espaço para fazer o gol. Tivemos muito volume, mas criamos pouco. O Campeonato Brasileiro é difícil, temos de trabalhar mais para quando acontecer isso, conseguir converter em gol”, avaliou.
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