O Conselho de Ética ainda não conseguiu agendar nenhum depoimento das testemunhas de defesa arroladas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo por quebra de decoro parlamentar. Entre quatro testemunhas recomendadas pelo deputado, uma declinou e as outras três sequer responderam ao convite.
A fase de instrução do processo disciplinar acabará no dia 19 de maio. Cunha abriu mão de levar ao conselho as oito testemunhas de defesa que tinha direito, escolhendo apenas seu advogado Antônio Fernando de Souza, o professor de Direito Tadeu de Chiara e os advogados suíços Didier de Montmollin e Lúcio Velo.
O professor recusou participar da oitiva e os demais não retornaram aos e-mails e cartas enviadas por Sedex nos dias 12 e 13 de abril. O conselho ofereceu o período de 25 a 29 de abril e 2 a 6 de maio para ouvir as testemunhas da defesa. Caso alguém se proponha a depor, novas datas poderão ser reagendadas.
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A última testemunha ouvida foi de acusação, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que prestou depoimento nesta semana. Até então, só o lobista Leonardo Meirelles havia sido ouvido. Preso no Paraná, o ex-dirigente da BR Distribuidora, João Augusto Henriques, que poderia falar sobre os depósitos fora do País, desistiu de depor.
A ideia da cúpula do colegiado é ouvir Cunha até o fim da fase de instrução, mas o peemedebista ainda não informou se pretende ir ao conselho. Após o término da instrução, o relator Marcos Rogério (DEM-RO) terá 10 dias para entregar seu relatório final. Rogério acredita que poderá colocar o parecer em votação no final de maio.
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