A comissão responsável por conduzir o processo de cassação do vereador afastado André Scheibler (PSD) na Câmara de Santa Cruz dará início à fase de depoimentos de testemunhas na manhã desta terça-feira, 14. Ao todo, 40 pessoas serão ouvidas até o dia 23, incluindo o próprio Scheibler. Destas, 25 foram indicadas pela defesa do parlamentar.

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A Câmara autorizou a abertura do processo de cassação em maio, a partir de uma denúncia de quebra de decoro parlamentar protocolada pelo vereador Gerson Trevisan (PSDB). Alvo da Operação Feudalismo, do Ministério Público, Scheibler foi afastado por força de uma liminar da 1ª Vara Criminal no dia 8 de maio. De acordo com a investigação, o vereador afastado apropriou-se de R$ 345 mil entre 2009 e 2018, em parcelas de salários de dois assessores, e manteve dois assessores que mantinham atividades privadas no horário em que deveriam atuar pelo Legislativo.

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Os primeiros depoimentos, porém, serão relacionados a uma denúncia feita pela Gazeta do Sul em outubro do ano passado, de que veículos e materiais da Secretaria Municipal de Habitação foram utilizados em obra privada em um terreno no Bairro João Alves que pertence a familiares de Scheibler.

Entre os que vão prestar depoimento estão as duas pessoas que confirmaram o esquema de “rachadinha” e os dois servidores acusados de serem “assessores-fantasmas”. Também vão depor a secretária municipal de Habitação, Aretusa Scheibler, que é esposa de Scheibler, um filho e uma nora do parlamentar. O vereador será o último a falar. Os depoimentos vão ocorrer no plenário, mas sem acesso do público, apenas da imprensa.

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