É muito mais que uma análise para saber quais cores têm a ver com determinada cor de pele. O trabalho de consultoria de imagem tem o intuito de dar luz a coisas que muitas vezes estão esquecidas em no interior de cada um. Como na música Redescobrir, de Gonzaguinha, interpretada por Elis Regina, é preciso entender que “tudo é nosso, sempre esteve em nós”, basta se redescobrir.
Muitas vezes procuradas para que auxiliem na retomada da autoestima ou para que ajudem a mulher a se vestir com o que mais a valoriza, as consultoras de imagem vêm ganhando espaço em um mundo onde, cada vez mais, há exposição. Uma dessas profissionais é a farmacêutica esteta Israã Hamid, que atua há quatro anos com visagismo e consultoria de imagem em Santa Cruz do Sul.
A importância das cores
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Já é antigo o estudo das cores e de como elas influenciam a ideia sobre a imagem. Em 1810, quando Goethe publicou o livro Teoria das cores, a área passou a receber mais atenção. No texto, ele defende que as sensações que as cores despertam são lapidadas pela percepção das pessoas, pela visão, fazendo com que mude a forma como o cérebro as processa.
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Uma das etapas da consultoria de imagem é definir se a cliente tem a pele quente ou fria. “A análise é feita para descobrir quais cores destacam os pontos fortes da pessoa, que a deixam mais alegre, com jovialidade, vitalidade, além de ajudar a minimizar imperfeições, como olheiras e manchas”, explica. Israã diz que, quando a pessoa tem pele fria, ela usa cores claras, como rosa e azul, pois a deixam mais bonita e confortável. “Para uma ocasião especial, ela vai usar as cores dela, não vai usar uma cor quente porque isso vai deixá-la mais agitada, mostrar mais olheiras. Agora, se for uma pele quente, ela não vai usar cores frias, como rosa-bebê”.
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O teste começa pelos tecidos dourado e prateado. A mulher precisa estar sem maquiagem e a luz deve ser natural. Além disso, se o cabelo tem algum tipo de tintura ou mechas, ele é coberto durante o teste.
Não é necessário privar-se de utilizar as cores que ficaram fora da paleta ou do círculo cromático. A consultora de imagem observa que a cliente pode começar usando, como base, as cores que combinam mais com o tom de pele dela, para que fique mais harmônica, o que não significa a falta de possibilidades para se vestir. “Atualmente, não dá para seguir tantas regras, tudo muda muito. Mas a paleta de cores é uma base para começar a usar o que mais combina com a pessoa”.
A profissional ressalta que não é preciso usar apenas roupas da paleta de cores. “Você pode optar por usar outras cores em acessórios, como bolsa ou scarpin. São várias maneiras de usar cores que não são nossas. Se ela é pele fria e quer usar uma cor quente, é possível até tentar usar base com dois tons, um claro e outro escuro, para esquentar o tom de pele, ou bronzeamento. Não é proibido usar outras cores que não da cartela, mas tem que saber usá-las. No início, é importante começar com as cores da cartela e depois entrar com as que não te valorizam, ou como acessório, ou um pouco mais longe do rosto”.
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O trabalho da consultoria pode se estender por mais de cinco sessões. Isso ocorre porque não é tão simples conhecer a personalidade de uma pessoa e isso impacta diretamente a imagem que ela passa ou quer passar para os outros. Israã conta que, na maioria, são mulheres que a procuram. Os motivos são variados: baixa autoestima, insegurança, indecisão, desejo de mudar, não querer mais ser refém da moda, e também se adequar a um determinado ambiente, como o local de trabalho.
Ela destaca que o ser humano carrega uma informação sobre a personalidade e o estilo na coloração pessoal e natural. “Eu nunca faço uma consultoria só com o teste de cores. Tenho que conhecer a pessoa, conversar, ver do que ela gosta, se é tímida. E se ela não gosta de determinada cor, é preciso saber se ela realmente não gosta ou tem medo de usá-la”.
A consultoria de imagem conta com várias etapas e, durante essas conversas com as clientes, Israã relata que poucas vezes a mulher sabe definir qual é o estilo dela. “Meu trabalho é fazer as pessoas encontrarem a si mesmas, porque a moda muda, mas o estilo não”.
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