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Terremoto no Chile deixa pelo menos cinco mortos e 1 milhão de desalojados

Um terremoto de magnitude 8,3 atingiu na noite desta quarta­feira (16) a região central do Chile, incluindo a capital Santiago, deixando ao menos cinco mortos e obrigando mais de 1 milhão de pessoas a deixarem suas casas, segundo informações do Ministério do Interior do país. Falando ao vivo na TV, a presidente Michelle Bachelet afirmou que pretende viajar às áreas afetadas nas próximas horas, mas não revelou o itinerário. Ela também decretou estado de catástrofe nas regiões próximas ao epicentro do tremor. Diante do abalo, já havia sido decretado alerta de tsunami na costa da região.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do abalo foi registrado às 19h54 (mesmo horário em Brasília) a 8 km de profundidade, no litoral próximo a Canela Baja, na região de Coquimbo, 293 km ao norte da capital. Minutos depois, foram registradas duas réplicas, de magnitudes 6,2 e 6,4, na mesma região. Além de Coquimbo e Santiago, o tremor também foi sentido nas regiões chilenas de Valparaíso, Atacama, Maule e Bío­Bio.

Do lado argentino da fronteira, os moradores das províncias de Mendoza, San Juan, La Rioja e Catamarca sentiram o terremoto com mais intensidade. O aeroporto de Mendoza chegou a ser fechado. Há relatos de que o temor foi sentido até na capital Buenos Aires. O Escritório Oficial de Emergência (Onemi) e os Carabineiros (a polícia militar chilena) retiraram os moradores da região costeira de suas casas. O Parlamento, em Valparaíso, também foi esvaziado. As primeiras ondas do tsunami chegaram à região central e ao sul do país.

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Segundo o Sistema Nacional de Alarme de Maremotos, a variação no nível das marés foi de 4,2 metros em Coquimbo, de 1,7 metro em Valparaíso e 0,8 metro em Constitución. Ainda não se sabe se as ondas provocaram danos graves. Houve relatos de alagamentos e cortes de eletricidade em áreas costeiras na região de Coquimbo. O prefeito de Illapel, município a apenas 46 km do epicentro, disse a uma rádio chilena que uma pessoa na cidade morreu em razão do tremor -uma mulher de 26 anos, soterrada pela queda de um muro. Outras 15 pessoas se feriram e a região ficou sem água e energia elétrica.

Por sua vez, o prefeito de Maipú, na região metropolitana de Santiago, disse que um homem de 86 anos morreu de infarto. Não estava claro se a morte fora provocada pelo tremor. Ainda não há informações sobre danos, mortos e feridos pelo terremoto em outras regiões do país. Em 27 de fevereiro de 2010, um terremoto de magnitude 8,8 seguido por um tsunami deixou mais de mil mortos em todo o país.

SÃO PAULO

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Reflexos do terremoto foram sentidos na cidade de São Paulo. De acordo com a cirurgiã ­ dentista Simone Borges, 38, o tremor atingiu com força o prédio onde ela mora, no bairro Morro dos Ingleses, próximo à avenida Paulista. “Moro no último andar do meu prédio, o 15º. A gente saiu de casa porque tremeu muito, meu lustre está balançando, tomei muito susto e cheguei a achar que fosse problema na estrutura do prédio”, narra Simone.

“Outras amigas no Whatsapp falaram que elas tinham sentindo no prédio delas também, então não é uma coisa localizada”, acrescentou a cirurgiã­ dentista. No Twitter, várias pessoas relataram ter sentido o abalo sísmico, principalmente na região da avenida Paulista. Na universidade Anhembi Morumbi, também na av. Paulista, alunos do décimo primeiro e décimo segundo andar do prédio se queixaram de tontura. Como comentaram no mesmo momento, por volta das 20h, a segurança foi acionada.

Os bombeiros informaram minutos depois que os tremores foram percebidos em outra unidade da universidade, na avenida 13 de Maio. Alunos de marketing, Jessica, Marie e Thiago contam que a trepidação foi sentida no fundo da sala, no 11º andar. “A representante de classe foi averiguar e viu que as salas estavam vazias. Logo depois os bombeiros entraram pedindo que deixássemos a sala”, conta Jessica Borges.

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O Corpo de Bombeiros informou que recebeu cerca de 50 ligações referentes aos tremores na avenida Paulista, Tatuapé (zona leste), Vila Mariana (zona sul), e em Osasco e Guarulhos (ambas na Grande SP). Apesar do chamado, até as 20h não havia relato de desabamento ou feridos. Segundo a corporação, caso tenham sentido os tremores, os moradores devem procurar por rachaduras na estrutura do edifício, sair de prédios e acionar a Defesa5 Civil.

SANTOS

Em Santos, no litoral paulista, houve relatos de tremores de terra de moradores dos bairros Ponta da Praia, Aparecida e Embaré. A Defesa Civil do município recebeu dezenas de ligações de pessoas narrando que tiveram tontura com os tremores e que houve falha na luz. Pelos relatos, o fenômeno durou por cinco ou seis segundos. Não houve danos a imóveis. Plantonistas da Defesa Civil explicaram aos moradores que possivelmente seria um reflexo secundário do terremoto no Chile.

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