Um terremoto de magnitude 7,8 foi registrado no sul da Turquia e sentido em parte da Síria na madrugada desta segunda-feira, 6, e deixou mais de 1,5 mil mortos e mais de três mil feridos até agora. A tragédia aconteceu às 4h17 no horário local (22h10 no horário de Brasília). O epicentro foi próximo a Gaziantepe, cidade turca de aproximadamente dois milhões de habitantes perto da fronteira com a Síria.
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O elevado número de mortos nos dois países certamente irá aumentar ainda mais ao longo desta segunda, porque as regiões tem grande concentração de habitantes. Segundo as equipes de resgate, centenas de pessoas ainda estão presas sob os escombros e destroços em cidades e vilas em toda a área.
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A Associated Press relata que a agência de gerenciamento de emergências e desastres da Turquia disse que pelo menos 912 pessoas foram mortas em sete províncias turcas. A agência disse que 440 pessoas ficaram feridas. O número de mortos em áreas controladas pelo governo na Síria subiu para 592, com mais de 630 feridos, segundo a mídia estatal síria. Pelo menos 147 pessoas foram mortas em áreas controladas pelos rebeldes.
Agências de notícias relatam que edifícios desabaram em uma faixa de fronteira entre que se estende das cidades de Aleppo e Hama, na Síria, até Diyarbakir, na Turquia, a mais de 330 km a nordeste. Quase 900 edifícios foram destruídos nas províncias turcas de Gaziantep e Kahramanmaras, disse o vice-presidente Fuat Otkay. Um hospital desabou na cidade costeira mediterrânea de Iskanderoun, mas não se sabe o total de vítimas. “Infelizmente, ao mesmo tempo, também estamos enfrentando condições climáticas extremamente severas”, disse Oktay a repórteres.
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O epicentro do terremoto foi registrado na região entre as cidades de Gaziantepe e Kahramanmaras, a uma profundidade de 10 a 24 quilômetros, segundo os serviços geológicos dos EUA e da Alemanha, que monitoram fenômenos do tipo em todo o mundo.
Imagens publicadas nas redes sociais logo mostraram os primeiros efeitos do terremoto, com o desabamento de algumas construções. A transmissão da rede de TV estatal TRT mostrou moradores saindo às ruas sob neve para avaliar os estragos em alguns locais.
Também houve sismos secundários, cerca de dez minutos depois do primeiro, de magnitudes que chegaram a 6,7, segundo a agência Associated Press. Autoridades de Diyarbakir afirmaram que 17 edifícios colapsaram e que há registro de pessoas presas nos escombros. Em Malatya foram mais de cem edifícios atingidos.
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O ministro do Interior afirmou que a prioridade nesse momento é resgatar feridos. O serviço geológico americano alertou para o risco provável de um número grande de vítimas. Segundo testemunhas relataram à agência de notícias Reuters, o tremor durou cerca de um minuto. Relatos indicam que seus efeitos foram sentidos também em cidades de países próximos.
O presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, tuitou para manifestar solidariedade às vítimas e destacar que os serviços de emergência e resgate foram acionados, para trabalhar em conjunto sob coordenação da Autoridade de Gerenciamento de Desastres e Emergências (AFAD, na sigla em turco), com apoio dos ministérios da Saúde e do Interior. “Esperamos superar esse desastre juntos, o mais rápido possível e com o mínimo de danos”, escreveu.
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Na Síria, o regime relatou desabamentos nas cidades de Aleppo e Hama. Na capital, Damasco, pessoas saíram às ruas com medo devido ao tremor – o mesmo ocorreu em Beirute, no Líbano. Cidades de Chipre e Israel também foram afetadas.
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