Na coluna anterior, lembramos do início do tênis em Santa Cruz, em 1907, trazido pelo médico alemão Heinz von Ortenberg. Em 1910, junto com amigos, ele fundou o Tennis Club Waldmeister, com 20 sócios.
Os jogos ocorriam em uma quadra de grama, na chácara de Gaspar Bartholomay (primeiro presidente do clube), na rua Marechal Floriano, onde é o ginásio do Corinthians. O esporte despertou interesse e, já no final de 1910, foi preciso instalar mais uma quadra.
O tênis começou como um esporte caro e elitizado. Raquetes, bolas e até calçados confortáveis eram importados da Europa. Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, o Waldmeister (mestre da floresta) passou a chamar-se Tennis Sport Club Santa Cruz, mas logo entrou em recesso. Ortenberg, que presidia a entidade, foi servir o exército alemão e, para dificultar, raquetes e bolas não podiam mais ser importadas.
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Quando ele retornou, em 1919, o esporte foi retomado. A entidade trocou seu nome para Tênis Clube Santa Cruz, e os atletas começaram a participar de competições em outras cidades. Em 1924, Adelina Heuser sagrou-se campeã estadual; em 1926, as quadras de grama da chácara receberam uma camada de cimento.
Outro momento importante ocorreu em 1928, quando a Mercur começou a fabricar raquetes e bolinhas em Santa Cruz, tornando o esporte mais acessível. Para dar mais impulso, em 1932 Bruno Schütz tornou-se campeão estadual de tênis, título que manteve por 13 anos.
Em 1935, o clube conquistou sua sede própria, ao lado do estádio do FC santa Cruz. Já em 1940, o local foi ampliado para sediar o Campeonato Estadual de Tênis. A equipe santa-cruzense sagrouse campeã, com os atletas Affonso Kuhn, Edmundo Schütz e Carlitos Kaempf.
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Pesquisa: Livro do centenário do Tênis Clube
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