As indústrias começaram a adquirir tabaco dos produtores e, com isso, a contratação de funcionários temporários já aquece a economia em Santa Cruz. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa), Sérgio Luiz Pacheco, a projeção é de que 6,5 mil vagas sejam abertas neste primeiro semestre, um número semelhante ao do ano passado. Os dados serão fechados somente em março, quando será possível ter uma dimensão melhor da absorção de safreiros.
Pacheco explica que o panorama foi diferente em 2016, quando 4,5 mil pessoas, no máximo, foram contratadas. “Esse deficit de 2 mil vagas representou cerca de R$ 10 milhões que deixaram de circular na economia santa-cruzense.”
Enquanto no ano passado os contratos ultrapassaram os seis meses, em 2016 foram mais curtos, inclusive sem a implantação do terceiro turno em boa parte das empresas. Mas nada se compara, conforme Pacheco, a 2015, quando apenas 2,5 mil postos de trabalho foram abertos.
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Pacheco: mais especialização na indústria.
Foto: Lula Helfer.
Ele salienta que, nos últimos anos, as indústrias têm procurado fidelizar empregados. A maioria adota o contato direto com os trabalhadores quando começa a safra. É um detalhe que facilita a produção, por conta da utilização de mão de obra treinada e capacitada para a função exercida.
O presidente do Stifa ainda observa um crescimento na especialização. “Os safreiros evoluíram. Muitos fizeram cursos técnicos e profissionalizantes. Alguns até já se graduaram no ensino superior. Quando surgem oportunidades, se tornam efetivos”, detalha.
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Com relação aos salários, Pacheco diz que o piso mínimo é de R$ 1,5 mil, com um auxílio de cesta básica. Ao todo, são seis pisos salariais. Os pagamentos são melhores conforme a especificidade da função, como operador de empilhadeira, por exemplo. Os contratos seguem as especificações previstas nas novas regras da Reforma Trabalhista.
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