Tempos modernos

Há uma superdimensão dada aos técnicos de futebol. Extremamente exagerada. Muitas vezes, colocando-o, de forma equivocada, como único responsável por vitórias e derrotas. O vocabulário do futebol mudou. Um dos mentores, talvez o maior deles, nesse quesito, é o caxiense Tite. Expressões como marcação alta, passe entre linhas, flutuação no último terço e a melhor delas: treinabilidade. Na verdade, são sinônimos. A única função é dar um tom de modernidade, competência e estudo.

QUALIDADE – Jogador bom é o que faz diferença. É aquele que decide em campo. Pode fazer um gol, dar um passe perfeito para o companheiro fazer o gol, pode até pegar um pênalti e salvar um gol.Alguém acredita que Pep Guardiola, treinando o Bunrley, da Inglaterra, seria campeão?

ESTILOS – Abel Braga e Renato Portaluppi têm a experiência de terem jogado profissionalmente. Possuem o conhecimento técnico e tático. Liderança e capacidade de gestão acima da média. Isso faz de ambos treinadores multicampeões. Por outro lado, Roger Machado é experiente, multicampeão como jogador, estudioso e dedicado. Talvez mais atualizado que os dois citados acima. Porém, falta-lhe habilidade nas questões de gerenciamento de pessoas.

PROFEXÔ – No auge da carreira, de terno, gravata e sapato italiano brilhando mais que estrela cadente, Vanderlei Luxemburgo foi multicampeão por Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro – todos elencos milionários na época. Quando seu time foi campeão, foi o primeiro a ir para o vestiário, isolando-se e fugindo da comemoração com os atletas. Questionado, ele respondeu: “A festa é deles. Foram eles que jogaram e que ganharam. Se fosse eu, estaria lá também”.

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