Quatro semanas antes do Natal comporta o tempo de Advento. Este tempo mágico de preparativos sempre inicia no primeiro domingo depois do dia 26 de novembro que, neste ano, será amanhã. Dia para acender a primeira das quatro velas na coroa de advento e contemplar em retrospectiva e gratidão as vivências do ano em fenecimento. A espiritualidade da luz das velas é uma linda maneira de preparar o Natal. Cada domingo acende-se mais uma, e quando as quatro velas estiverem iluminando o ambiente, terá chegado Natal.
Durante as quatro semanas vindouras, podemos reviver antigas tradições legadas pelos nossos ancestrais. Valorizá-las, revivê-las é mais do que preparar Natal, é também uma forma de nos conectarmos com nossos antepassados. Eu gosto de ouvir e de cantar antigas canções natalinas que já eram entoadas por aqueles que me antecederam. Com minha Wowa Lídia aprendi a assar biscoitinhos natalinos com mel, com especiarias, principalmente canela, cravo e baunilha. A Wowa cantava conosco e contava histórias de outros natais, levados pela poeira do tempo, mas não de sua memória. Gosto de reviver antigos hábitos. E dessa forma integro o passado ao presente em sentimento de gratidão.
Durante o Advento sempre preparo Christstollen (manto de Cristo, a cuca natalina alemã que remonta ao ano de 1330 em terra germânica – seu formato lembra um recém-nascido envolto em manto). E na véspera do grande dia, é hora de ornamentar o pinheiro natalino. Para o humanista Albert Schweitzer: “Weihnachten ist das schönste Fest der Welt. Geschenke, die man sich überall gibt, sind Bilder der Güte Gottes, seiner Güte für uns“ – “Natal é a festa mais linda do mundo. Presentes, que se ofertam por toda parte, são imagens da bondade Divina, de sua bondade para conosco.” A propósito, na minha infância os presentes eram trazidos pelo Pelznickel no dia de Natal. Pelznickel é a denominação, vinda com os imigrantes do Hunsrück, para Papai Noel. Para ele ofertávamos cantos, orações e biscoitos.
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Para desejar a todos boas inspirações em tempo de Advento e, principalmente, por Cristo ter vindo ao mundo para semear fraternidade e amor, deposito aqui alguns versículos do 13º capítulo da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: “Die Liebe ist gütig. Sie ist nicht eifersüchtig, sie prahlt nicht und macht sich nicht dick. Sie handelt nicht unanständig, sucht nicht ihren Vorteil, sie lässt sich nicht provozieren und trägt das Böse nicht nach. Die Liebe freut sich nicht über das Unrecht, sondern freut sich mit der Wahrheit. Liebe trägt alles, glaubt alles, hofft alles, hält allem stand. Als ich ein Kind war, redete ich wie ein Kind, dachte wie ein Kind und urteilte wie ein Kind. Als ich erwachsen wurde, legte ich alles Kindliche ab, aber es bleiben mir Glaube, Hoffnung und Liebe, diese drei; am größten unter ihnen ist die Liebe.“
“O amor é bondoso. Ele não é ciumento, ele não se envaidece, nem se vangloria. Ele não age com maus modos, não procura tirar vantagem para si, ele não se deixa provocar e não guarda rancor por um mal causado por alguém. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Amor suporta tudo, acredita sempre, sempre cultiva esperança e resiste a tudo.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança e formava juízo como criança. Quando me tornei adulto, fui me perdendo do que fazia parte de minha infância, mas permanecem fé, esperança e amor, estes três; o maior entre eles é o AMOR.”
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