Por conta da baixa pressão, do fluxo de umidade vindo do norte do País e do deslocamento da frente fria pelo oceano, as tempestades que já atingiram o Rio Grande do Sul nessa terça-feira, 16, devem se intensificar e atuar novamente em todas as regiões do território gaúcho nesta quarta-feira, 17. Com isso, há risco para transtornos devido às chuvas pontualmente intensas, aos ventos, que podem passar dos 80 quilômetros por hora durante os temporais, e à eventual queda de granizo.

Os acumulados podem passar de 90 milímetros por dia no Centro, nos Vales e na Região Metropolitana de Porto Alegre. Nas demais regiões, variam entre 35 e 75 milímetros por dia. A tendência é que nesta quinta, 18, o avanço de uma frente fria sobre o oceano favoreça as instabilidades com temporais isolados sobre Vales, Litoral Norte, Região Metropolitana e Nordeste. Os acumulados devem variar entre 45 e 65 milímetros por dia, podendo passar disso pontualmente.

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A Defesa Civil do Estado alerta ser importante que, antes das chuvas, a população verifique as condições do telhado da casa e de árvores no entorno e adote medidas preventivas, caso reparos sejam necessários. Durante as chuvas, convém se manter em segurança, retirar eletrônicos da tomada e fechar bem portas e janelas. Também é importante procurar informações junto à Defesa Civil e conhecer os planos de contingência do município para saber como agir em caso de desastre. É necessário estar informado sobre rotas de fuga, locais de abrigo e fontes de risco.

A Metsul Meteorologia informou que um cenário bastante complexo, com múltiplos sistemas meteorológicos atuando, vai determinar este período de alto risco pela onda de tempestades, com potencial para danos e impactos significativos. O cenário envolve duas áreas de baixa pressão atmosférica, uma corrente de jato em baixos níveis intensa com ar quente e o encontro de ar mais frio com uma massa de ar muito quente, com formação de uma frente fria (frontogênese).

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Riscos

Grande número de cidades no Rio Grande do Sul deve ter 100 a 200 milímetros de chuva até quinta-feira, mas podem ocorrer marcas isoladas de 200 a 300 milímetros. Conforme a Metsul, Centro, Sul e Leste do Estado devem ter os mais altos volumes, de acordo com projeções de computador. Porto Alegre e região estão na área de alto risco de chuva excessiva.

Em certo grau, o cenário guarda semelhança com o de janeiro de 2010, também de El Niño, com chuva extrema no Centro gaúcho e o desastre da ponte em Agudo. Condições serão propícias a inundações repentinas, alagamentos, cheias de rios, transbordamento de córregos, deslizamentos de terra e queda de barreiras. Outro risco são as tempestades.

Temporais fortes a severos podem atingir o Estado ainda nesta quarta em todas as regiões, de acordo com a Metsul. Pode cair granizo, mas o vento é a maior ameaça, com potencial para vendavais com danos por rajadas perto e acima de 100 quilômetros por hora. Isso pode causar quedas de árvores, postes, destelhamentos e deixar grande número de gaúchos sem luz.

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