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Temos tanta coisa a aprender

O tema da saúde impôs-se no cotidiano de todos já há mais de um ano, e nem poderia ser diferente. Até mesmo os que buscavam minimizar a ameaça ou desfazer dos efeitos dela sobre a rotina em família foram pegos desprevenidos pela dura verdade de que o coronavírus não conhece nenhum limite: nem condição social, nem poder econômico, nem idade, nem cor, nem raça, nem crenças. Assim, a cada semana mais famílias se defrontam, ainda agora, com o testemunho e a dor de pessoa que sofreu muito ao ter contraído o vírus, isso quando não houve um lamentável vazio, impossível de preencher, porque alguém não resistiu à doença.

Se a saúde, com a necessidade constante e diária da prevenção, é ponto definitivo enquanto não conseguirmos imunizar a imensa maioria (de preferência toda) a população, um outro tema se impõe em nossa realidade. E, a bem da verdade, ele caminha em igualdade de importância com a própria forma como lidamos com a saúde. De certo modo, o que está ocorrendo no ambiente da saúde pública é reflexo direto das falhas ou do tanto de deficiências crônicas que ainda temos nesta outra área: trata-se da educação.

Não é de hoje que o Brasil ocupa as últimas posições em rankings globais de todos os organismos que medem competências, conhecimentos e qualidade da aprendizagem dos estudantes. E isso, para nosso constrangimento, em todos os níveis de ensino, sendo mais drástico no fundamental e no médio. Os brasileiros, revelam os dados, mal sabem ler, mal sabem fazer contas, e mal sabem assimilar e refletir sobre o mundo que os cerca.

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Logo, não é difícil de concluir por que negacionismos e afirmações distorcidas proliferam tão bem quanto o próprio coronavírus em nossa sociedade. Um país jamais pode estar no caminho certo se sequer sabe para onde quer ir e se sequer se informa sobre como chegar a um destino previsto. E este ano de pandemia nos confrontou com a dura verdade de que, se a educação já não era lá uma prioridade no Brasil, agora corremos o sério risco de ver uma geração inteira à margem de qualquer aprendizagem para a vida e para a exploração plena de seus dons.

E justamente porque a aprendizagem carece tanto de atenção e de empenho, após um ano em que tudo no ambiente do ensino foi alterado de forma drástica, a Gazeta Grupo de Comunicações elege 2021 como o ano da educação. O Projeto Repensar, que em 2020 voltou-se ao meio ambiente, foi lançado na última terça-feira com a determinação de salientar a Educação. Em todas as nossas mídias, vamos, ao longo do ano, oferecer amplo conteúdo relacionado ao esforço de escolas, direções, professores, estudantes e pais, a fim de permitir que todos, de todas as idades e em todos os níveis de formação, possam alcançar os melhores desempenhos. Porque, quando finalmente o desempenho de cada um de nós for de excelência, teremos condições de granjear níveis de excelência também em todas as demais áreas da sociedade. Inclusive, e de maneira muito providencial, a da Saúde. Bom final de semana.

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