Tenho vários conhecidos e amigos, cujos filhos querem porque querem se mudar para o exterior. Sonham com trabalhar entregando pizzas ou lavando louça em restaurantes da Inglaterra. O motivo seria a descrença no Brasil. O aeroporto seria a panaceia para todos os males.
Nada contra se o jovem ou a moça forem bem fluentes no inglês. Sem isso, nada feito. Por sinal, fico com muita pena quando, no aeroporto estrangeiro, muitos brasileiros têm dificuldades em entender o que o policial da imigração está perguntando. Sábado passado, assisti a um jogo de tênis entre um alemão e um austríaco. Entrevistados pelo repórter inglês, responderam fluentemente. Nadal, Federer e tantos outros tenistas falam um inglês que dá gosto. Já o jogador de futebol brasileiro, bem como nossos técnicos, tem uma baita dificuldade.
Mas voltando ao que gostaria de dizer, o Brasil está, não com a velocidade desejável, melhorando. Vamos parar um pouco de falar e discutir sobre o recente julgamento do STF. De um jeito ou de outro, as coisas vão se ajeitar.
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Notoriamente o Brasil está melhorando na arte de negociar com os possíveis importadores. Em vários itens, como o agro, somos indubitavelmente de ponta. O presidente Bolsonaro parece que está aceitando os conselhos de pessoas ajuizadas no sentido de pensar muito bem antes de falar. Como diziam os romanos: “si tacuisses, philosophus mansisses” (se calasses, passarias por filósofo). Amigos meus, executivos de empresas exportadoras, arrancavam os cabelos a cada pronunciamento de Bolsonaro envolvendo o mundo árabe ou a China. Praza aos céus que ele deixe certas questões, principalmente diplomáticas, para quem conhece e tem treinamento (ovelha não é pra mato). Que ele não tente ser um enciclopedista, porque não tem esse preparo.
Creio que, mesmo com a recente decisão do STF, a roubalheira não voltará com a voracidade de antes. Apesar de algumas mudanças duras, temos que concordar com o apertar das cravelhas, visando a estancar a gastança desnecessária.
Sou contra as “fake news” e o deboche escrachado nas redes sociais. Acredito, no entanto, que graças a essas ferramentas, descobriram-se muitos cancros. Agora quase nada escapa da vigilância das redes e mormente da imprensa séria.
Aos poucos vamos todos nos cuidando mais, sendo mais probos e vigilantes. A publicação de um proceder ilegal de um agente público, só ela, já é uma “poena naturalis” (pena natural) cujos efeitos são importantes para que todos reflitam sobre as consequências de não permanecer na trilha do bem.
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