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Temer pede apoio a deputados para ajuste, mas ouve cobranças sobre PT

Um dia depois de alertar o Planalto sobre a necessidade de incluir o PMDB em decisões estratégicas do governo para não correr o risco de perder maioria no Congresso, o vice-presidente Michel Temer reuniu deputados do PMDB nesta quarta-feira, 24, para avaliar o cenário político e econômico do país. No encontro, Temer demonstrou preocupação com os reflexos no meio políticos do agravamento da situação econômica e destacou a necessidade de um ajuste fiscal, principal preocupação da equipe da presidente Dilma Rousseff na agenda legislativa.

Segundo relatos, Temer colocou a frase de um ministro da equipe econômica de que a situação fiscal do país estaria semelhante a alguém dançando na beira do precipício. Alguns peemedebistas atribuíram a declaração ao ministro Alexandre Tombini (Banco Central). O vice-presidente também colocou que o momento é “delicado” e que o PMDB é importante para garantir a governabilidade. Depois de passar por um período de isolamento com o núcleo duro do governo, Temer tem trabalhado para se reabilitar como um interlocutor fundamental entre Executivo e Legislativo. A ideia é fortalecer o vice e garantir uma cadeira para consulta na tomada de decisões do governo.

Em contrapartida, a bancada do PMDB reforçou a crítica de falta de espaço para influenciar decisões da bancada na Câmara, que se estendeu por mais de três horas. Sem a presença de assessores, os peemedebistas reiteraram as reclamações de falta de espaço no governo e a posição do PT no debate das medidas econômicas. Os peemedebistas decidiram fazer um seminários com especialistas econômicos e também uma reunião com ministros da área econômica para fechar questão sobre o ajuste.

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“Necessidade do PMDB de não ser só chamado para resolver os problemas e ficar com o ônus das medidas amargas”, disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). Ele afirmou ainda que o PMDB precisa ser convencido para apoiar o ajuste e não “ocorrerá de novo”, como na manobra fiscal feita pelo governo para fechar as contas do ano passado, do partido ser o principal fiador da medida para o avanço no Congresso.

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