O porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, anunciou nesta quarta-feira, 28, que Temer escolheu para a sucessão de Rodrigo Janot a subprocuradora Raquel Dogde para o cargo de procurador-geral da República. Em um curto pronunciamento feito às pressas a pedido do presidente, Parola fez o anúncio e se limitou a dizer que Raquel “é a primeira mulher a ser nomeada para a Procuradoria-Geral da República”.
Raquel Dodge não é alinhada ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Os procuradores, em todo País, elegeram na terça-feira, 27, os subprocuradores-gerais da República Nicolao Dino, Raquel Dodge e Mario Bonsaglia, pela ordem, para a lista tríplice. Nicolao teve 621 votos, Raquel, 587, e Mário, 564.
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A Constituição confere ao presidente a prerrogativa de escolher o chefe do Ministério Público Federal. O presidente não é obrigado a seguir nenhuma indicação da lista.
Quem é
Raquel Elias Ferreira Dodge é subprocuradora-Geral da República e oficia no Superior Tribunal de Justiça em matéria criminal. Integra a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à Ordem Econômica. É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo. Foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta.
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Atuou na equipe que redigiu o I Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na I e II Comissão para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma. Atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte. É Mestre em Direito pela Universidade de Harvard. Ingressou no MPF em 1987.