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Temer diz a diplomatas que Brasil não é ‘um paiseco’

Ao discursar nesta quinta-feira, 20, no Itamaraty, nas comemorações do Dia do Diplomata, o presidente Michel Temer lembrou aos formandos do curso do Instituto Rio Branco que caberá a eles mostrar ao mundo que o Brasil é um país de oportunidades e de “renovado vigor”.

“Os senhores terão a oportunidade de falar ao mundo sobre o Brasil e projetar um novo país de oportunidades que nascem das reformas; de falar do renovado vigor institucional para atrair parceiros e investimentos para os novos negócios”, disse.

“Lá fora os senhores verificarão que uma das principais reivindicações é sobre a segurança jurídica no país. Nós estamos caminhando para o sistema de absoluta segurança jurídica. Nós, da área jurídica, sabemos que se não houver essa segurança dificilmente alguém investirá no país”, acrescentou, ao destacar o papel da carreira diplomática para o desenvolvimento e a inserção do país no circuito internacional.

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Temer criticou, em seu pronunciamento, a forma como a imagem do Brasil é difundida em outros países. Segundo ele, “dados, fatos e informações” levadas ao exterior dão a impressão de que o Brasil é um “paiseco” que não respeita a Constituição, o que acaba por reforçar a impressão de haver insegurança jurídica no país.

Importância da política externa

“Nos poucos meses que nos restam, cerca de 18 ou 20 meses, temos muito o que fazer. E aí a política externa tem um papel a desempenhar, que é recuperar o Brasil. Muitas vezes são levados ao exterior dados, fatos e informações que não coincidem com aquilo que está na Constituição Federal. As pessoas lá fora ficam com a imagem de que esse país é um paiseco, que vai fazendo as coisas sem amparo legal; sem amparo constitucional”, disse o presidente da República, na cerimônia de formatura de turmas do Instituto Rio Branco, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

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Temer apontou algumas das prioridades da diplomacia brasileira. “Estamos revitalizando o Mercosul, resgatando sua condição original de democracia e livre mercado e estamos nos aproximando dos parceiros da aliança do Pacífico. Não devemos ter divisão. Devemos buscar a união entre os vários países da América do Sul e da América Latina”.

Ainda durante o discurso diante de diplomatas, Temer fez uma contextualização sobre a situação mundial, associando-a ao papel que terão os futuros diplomatas brasileiros. “No exterior não haverá partido, ideologia ou tendência a presidir os seus trabalhos. Sempre será o interesse do nosso país. Até porque o mundo de hoje está distante do mundo do início do século 20”, afirmou.

“Passado mais de um século, nos vemos confrontados com um cenário externo que desafia a compreensão. Vivemos tempos de incerteza e instabilidade. Lugar comum que só faz se confirmar a cada dia. Tendências isolacionistas fazem contrapeso a dinâmicas de integração que pareciam asseguradas”, argumentou.

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“Os conflitos da Síria e a tensão na península coreana, os focos de efervescência não dão sinais de ceder. O extremismo ceifa vida de homens, mulheres e crianças. O terrorismo chega a cidades e povoados presentes e ausentes de nosso imaginário geográfico. E as instituições não oferecem tantas das respostas que buscamos e precisamos”, completou.

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