O presidente interino Michel Temer defendeu, durante entrevista ao jornal Valor Econômico, que as mulheres continuem se aposentando mais cedo do que os homens. Entretanto, ele entende que a diferença de idade deva ser menor. “Sabidamente as mulheres hoje vivem mais do que os homens, mas tem essa coisa dupla, tríplice jornada. Na minha cabeça, tem que haver uma pequena diferença”, argumentou.
À publicação, Temer disse que, se o homem se aposenta com 65, a mulher pode se aposentar com 62 anos. Além disso, ele afirmou que o projeto de reforça da Previdência irá a votação assim que as negociações estiverem concluídas, mas optou por não adiantar quais as mudanças estão sugeridas no texto.
Ao ser questionado sobre a menção de seu nome pela empreiteira Odebrecht na investigação da Lava-Jato, Temer não negou que se reuniu com o dono da empresa, mas afirmou não ter medo, pois possui todas as prestações de contas. “O Odebrecht disse que esteve comigo. Eu até pedi ao Márcio (assessor) para confirmar, em 2014. Eu era presidente do partido e ele acertou uma contribuição. Até se falou em R$ 10 milhões, mas, na verdade, foram R$ 11,3 milhões que ele entregou ao partido. Tem a prestação de contas para todos os candidatos a governador. (…) Eu não vou negar que ele esteve comigo, como tantos outros empresários estiveram comigo”, acrescentou.
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As afirmações do presidente interino foram realizadas um dia depois da polêmica frase proferida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, de que “os homens procuram menos serviços de saúde porque trabalham mais que as mulheres”.
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